Chegou a 25ª edição do Festival de Curtas Metragens de Vila do Conde. Vai decorrer entre o dia 8 e 16 de Julho no Teatro Municipal de Vila do Conde. Um festival “inédito em Portugal”, “o maior festival português dedicado à curta” que pretende “mostrar novo cinema” e onde “todos os filmes são estreias nacionais”.

O festival tem vindo a ganhar cada vez mais dimensão , não só no número de espectadores como no número de convidados. Para esta 25ª edição, foram convidadas 25 pessoas — atores, músicos, artistas, jornalistas que estiveram presentes nas edições anteriores do festival — que são desafiadas a escolher um filme das 24 edições anteriores e a escrever um texto ou uma história para, posteriormente, ser editado num livro.

Para além das competições nacional, internacional, experimental e curtinhas, e para além de outras inúmeras atividades e festas que vão decorrer todas as noites, haverá um workshop de crítica de cinema com Daniel Ribas e Paulo Cunha. Começa a 7 de Julho e termina dia 16 do mesmo mês. As inscrições estão abertas e serão admitidas dez pessoas. O workshop conta com as variadas formações dos diferentes convidados e os trabalhos que vão resultar serão publicados no jornal “Público”.

Em 2016, 20 mil espectadores

Em 2016, durante os nove dias de programação foram apresentados nove filmes-concerto/performances e 241 filmes, oriundos de 46 países, em 86 sessões de cinema para cerca de 20 mil espectadores. Esta edição contou com uma equipa de 138 colaboradores e mais de 350 convidados, entre eles realizadores, técnicos, atores, produtores, programadores e jornalistas.

“O festival tem crescido e há muitas atividades para lá das competições. Aliás, se não fossem todas estas atividades, o festival não existia”, afirma Sérgio Gomes, membro da organização do Festival de Curtas Metragens de Vila do Conde, em entrevista ao JPN.

Sérgio Gomes afirma, também,  que o cinema português vive “em guerra por causa do financiamento”, no entanto admite que a crise financeira vivida em Portugal acaba por “originar criatividade e sucesso” e que “os prémios que o cinema português tem ganho” e a “representação portuguesa nos vários festivais do mundo” são a prova disso.