O insucesso e abandono escolar no ensino superior são temas que estiveram em discussão, numa conferência, na Universidade de Coimbra, esta terça feira. Os partidos com assento parlamentar já tinham pedido a realização de um estudo sobre o tema e o reforço dos mecanismos da ação social. A taxa nacional situa-se em pelo menos 9%, após o primeiro ano de licenciatura, avançou a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Na Universidade do Porto (UP), esta taxa diminui e fica nos 6,6%.

Segundo o portal Infocursos, Medicina é o curso com a menor taxa de abandono (0,4%), tanto na Faculdade de Medicina (FMUP) como no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Por outro lado, os cursos com a taxa de abandono mais elevada ultrapassam a média nacional e pertencem à Faculdade de Letras (FLUP). Filosofia lidera as desistências no ensino superior com um total de 22,4% de alunos a abandonarem o curso no final do primeiro ano. Seguem-se as licenciaturas em História da Arte e Geografia (ambos com 16,3%) e Arqueologia (15,7%).

O final do primeiro ano é o momento em que alguns estudantes se apercebem que o curso não é o que procuravam. Isto é, o aluno em questão pode ter ingressado no primeiro ano num curso que não era o pretendido, por uma questão de média, e, por isso, acaba por pedir transferência. Esta será uma das explicações possíveis.

No caso da UP, de acordo com fonte da instituição ouvida pelo JPN, a partir do primeiro ano, a taxa de abandono é “estatisticamente insignificante”. À medida que a média do estudante aumenta vai também diminuindo a taxa de abandono.

A recusa da bolsa de ação social, as baixas notas de ingresso e a entrada através de regime especial são fatores que influenciam o abandono no ensino superior, segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.

Artigo editado por Rita Neves Costa