• As vítimas

O número de vítimas mortais subiu das 19 iniciais para 22 pessoas. A polícia britânica afirma que já conseguiu identificar todas as pessoas que morreram durante o ataque na Manchester Arena, mas apenas 10 dos nomes são conhecidos pela comunicação social. A lista inclui um polícia, um casal de polacos e uma criança de oito anos, Saffie Rose Roussos.

Tal como o número de vítimas mortais, o número de feridos também aumentou. O novo balanço, divulgado esta manhã pela BBC, citando o chefe de operações da Greater Manchester Health, revelou que o número de feridos é de 64, 20 das quais em estado grave.

  • A investigação 

A polícia britânica confirmou ainda na terça-feira a detenção de três pessoas suspeitas de envolvimento no ataque, incluindo o irmão do bombista, Ismael Abedi de 23 anos, detido em Chorlton.

Esta quarta-feira foram ainda realizadas buscas no centro da cidade que resultaram no encerramento temporário de uma linha ferroviária. Numa conferência de imprensa realizada às 15h00 (hora local em Lisboa), o chefe da polícia de Manchester, Ian Hopkins, afirmou que é “muito claro que se trata de uma rede” e que existem quatro suspeitos sob investigação.

Entretanto, foram destacados 800 militares para dar apoio às autoridades britânicas na segurança de locais centrais políticos, como o Palácio de Buckingham, Downing Street, Palácio de Westminster e diversas embaixadas. Esta medida foi tomada depois do aumento do nível de alerta para “crítico”, o nível máximo. Contudo, na mesma conferência de imprensa, Ian Hopkins salientou que as tropas não vão patrulhar a cidade de Manchester.

  • A campanha eleitoral

Após o ataque, a campanha eleitoral para a eleição geral marcada para o dia 8 de junho foi suspensa. A suspensão foi apoiada por Theresa May e os líderes de diversos partidos políticos britânicos.

Para o partido UKIP, a suspensão durou pouco mais de um dia, uma vez que já retomaram a campanha para as eleições. Paul Nuttal, que se encontra à frente do partido, justificou a ação: “A melhor resposta que podemos dar é garantirmos a continuação do processo britânico”.

  • O atacante

A pessoa responsável pela explosão de uma bomba à saída da Manchester Arena, depois de um concerto da americana Ariana Grande, foi identificada pela polícia como sendo Salman Ramadan Abedi, natural da cidade de Manchester, filho de pais líbios que foram viver para o Reino Unido para fugir do regime de Muammar Kadhafi. O homem identificado como bombista tinha 22 anos e estudou durante dois anos na Universidade de Salford, no curso de Negócios e Gestão, sem ter completado a licenciatura.

Abedi era já conhecido pela polícia britânica, mas não estava a ser ativamente investigado, nem era considerado de alto risco. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, o alegado autor do ataque, que matou 22 pessoas e feriu 64, foi caracterizado pela polícia como uma figura periférica, tal como Khalid Massod, o responsável do ataque de 22 de março em Westminster, Londres.

“Era um jovem muito discreto, sempre muito respeitoso para comigo”, disse um cidadão líbio de Manchester citado pelo mesmo jornal. “O seu irmão Ismael era muito sociável, mas Salman [Abedi] era muito reservado.”

Esta manhã, o jornalista Frank Gardner da BBC avançou que Abedi poderá ter sido usado como “mula”, tendo usado uma bomba fabricada por outrem.

Artigo editado por Filipa Silva