Esta quinta-feira, às 21h30, e no próximo domingo, às 16h00, o Teatro Helena Sá e Costa será o palco da opereta “As Madamas do Bolhão”, durante 90 minutos. A peça é uma adaptação da obra “Mesdames de La Halle” de Eurico Carrapatoso e retrata a vida no Mercado do Bolhão, ao invés da trama original que se baseava nas histórias diárias de um mercado de frutas e vegetais em Paris.

O enredo segue as vendedoras Micas e Glória, duas mulheres cansadas de homens como Major Raflafla, que tenta seduzir uma delas para se apoderar das suas economias. Assim, as vendedoras focam a sua atenção em Manel, um jovem cozinheiro que visita o mercado frequentemente para se encontrar com Mariazinha, a vendedora de fruta. A história promete uma série de peripécias e confusões, que incluem acusações de roubo e aparatosas quedas.

Encenada por Joana Moraes, a opereta é o resultado do desenvolvimento do projeto educativo SEI – Sociedade, Escola e Investigação, promovido pela Câmara Municipal do Porto, em parceria com a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) e Conservatório de Música do Porto, e com participação especial da Escola Artística Soares dos Reis.

Nuno Lucena, professor orientador da Escola Artística Soares dos Reis nesta peça, caracterizou “As Madamas do Bolhão” como uma “produção tripartida ou quadripartida”, devido ao envolvimento das três instituições educativas e da Câmara Municipal do Porto.

Tudo começou com a colaboração entre o Conservatório de Música do Porto e da ESMAE. “Surgiu, depois, o convite [do Conservatório de Música do Porto] para trabalharmos nesta ópera com a mais-valia para nós, Escola Artística Soares dos Reis, de ficarmos encarregues de toda a parte plástica: figurinos e cenografia”, acrescentou.

Além disso, Nuno Lucena explicou que a origem da adaptação da peça de teatro de Eurico Carrapatoso deve-se ao Conservatório de Música do Porto: “O Conservatório quando fez 90 anos, há 10 anos atrás, levou à cena a ópera de uma forma ainda económica, com uma produção encenada na mesma pela Joana Moraes, e acabou por ser um sucesso interessante. O diretor do Conservatório, o professor Moreira Jorge, propôs, então que se repetisse o feito nas celebrações do centenário.”

O desenvolvimento da peça começou inicialmente por “investigação sobre a obra, enquanto outros alunos trabalhavam a parte performativa ligada ao espetáculo”. “Essa mesma parte está a ser trabalhada pelo Conservatório de Música do Porto desde janeiro e pela Escola Artística Soares dos Reis desde fevereiro”, esclareceu.

Os bilhetes estão disponíveis para venda na bilheteira do Teatro Helena Sá e Costa, aberta apenas em dias de espetáculo, duas horas antes do mesmo começar. O custo é de quatro euros.

Artigo editado por Filipa Silva