São 25 os temas de Vinicius e de José Afonso que vão ser interpretados por José Pedro Gil e por Mônica Salmaso na noite desta sexta-feira e sábado no Mosteiro de São Bento da Vitória. O espetáculo reúne as músicas “menos conhecidas” de dois dos maiores nomes da música brasileira e portuguesa. O repertório fica a cargo de Emanuel de Andrade (piano), Nelson Ayres (piano e acordeão), Teco Cardoso (flauta e saxofone), César Nogueira e Ana Filipa Serrão (violino), Joana Cipriano (viola de arco) e Nuno Abreu (violoncelo).

A dramaturgia pertence a Carlos Tê, mas a ideia foi de Mônica e José Pedro. “Quando o Zé Pedro me falou de fazermos isto, achei que fosse impossível porque estamos a falar de dois universos completamente diferentes. Mas, depois em conversa com a Mônica em São Paulo, começamos a falar das possibilidades, dos opostos que se aproximam e a partir daí começamos a montar ideias e a ligar as peças”, disse Carlos Tê em declarações aos jornalistas.

“Estrada Branca” é um espetáculo de homenagem a José Afonso e a Vinicius de Moraes que pretende celebrar a vitalidade das canções que se tornaram imortais. Dar a conhecer os temas menos conhecidos para “desviar o foco para coisas mais obscuras e trazer à luz estes temas menos conhecidos mas artisticamente ricos” é um dos principais objetivos do concerto.

Para Mônica, a música “é das artes mais generosas que existem”. A junção dos dois cantores neste espetáculo é “tão natural que no momento em que esta ideia foi realizada, o que nós fizemos foi ampliar e fazer com que uma coisa se ligasse com a outra para não separarmos as duas coisas”, acrescentou.

“Aquilo que antes parecia água e vinho subitamente começou a relacionar-se”, referiu José Pedro, sublinhando que a função de Carlos foi “poderosa, fruto de um conhecimento político e social [do Brasil] muito aprofundado”. Para sexta-feira e sábado, os bilhetes estão à venda por 10 euros. Depois, o espetáculo segue para o Centro Cultural Olga Cadaval a 30 de maio (21h30) e para o Teatro Municipal São Luiz a 3 de junho (21h00).

Artigo editado por Filipa Silva