Joel Cleto comanda o pelotão de mais uma edição do “Moontosinhos” que parte na peugada do Senhor de Matosinhos, do restaurado zimbório do Senhor do Padrão ao Santuário do Bom Jesus. O passeio está marcado para às 21h30, junto ao posto de turismo da Praia de Matosinhos e vai invocar a memória de outros elementos do património matosinhense como a “Tragédia do Mar” e o naufrágio a ele associado.

O historiador Joel Cleto esteve à conversa com o JPN e admitiu que “esta visita vai ser das primeiras oportunidades para o público ver como é que ficou o monumento do restaurado zimbório do Senhor de Matosinhos”.

“Pensávamos que só iríamos ter uma edição e a verdade é que já temos um número crescente de visitas. O facto de serem visitas à noite, ainda por cima em noite de lua cheia, conferem-lhe [ao passeio] alguma magia”, disse.

Este ano, a organização procurou criar percursos diferentes para “diversificar” o programa, com o intuito de aumentar a curiosidade das pessoas. “Queremos ter diferentes percursos para os podermos associar a algumas comemorações. Queremos, ainda, fazer uma visita em julho para que consigamos abordar os 185 anos do desembarque do exército libertador na praia”, referiu o historiador.

Na noite de quita-feira, a visita começa na praia de Matosinhos “porque existe uma lenda que explica a origem da concha da Vieira aos Caminhos de Santiago e que explica, também, a origem da cristianização de Matosinhos”, assinalou Joel Cleto.

A romaria está prevista passar pela zona piscatória de Matosinhos, pelo mercado de Matosinhos e pelo centro histórico de Matosinhos, onde vai ser destacado o papel que Matosinhos teve na implantação do regime. “Todas as lendas fazem parte da nossa identidade”, concluiu.

Para a mesma noite, ainda está prevista a atuação de José Cid no Jardim da Biblioteca Florbela Espanca, pelas 22h. No dia seguinte e à mesma hora, é Jimmy P quem tomará conta do palco.

O tradicional fogo-de-artifício será lançado no sábado pelas 19h. Vinte minutos de fogo, com o acompanhamento musical e quatro drones vão gravar os momentos de luz sobre o rio Leça. Nos próximos dias, vai haver também espaço para o folclore e para o fado.

Artigo editado por Rita Neves Costa