Durante esta quinta-feira, decorreram as votações para o Conselho Geral da Universidade do Porto (UP). Foram escolhidos 12 representantes de professores e investigadores e um único nome para representar o pessoal não docente, que vão presidir ao conselho durante quatro anos.

Resultado das eleições do pessoal não docente:

Lista A – Alão Freitas (FMDUP): 144 votos;
Lista B – Teresa Martingo (FEP): 277 votos;
Lista C – Vítor Silva (Reitoria): 342 votos.

No que diz respeito ao pessoal não docente, Vítor Silva, da Reitoria, pertencente à lista C, foi o escolhido pela comunidade UP. O eleito distinguiu como principal objetivo, na altura da candidatura, “uma universidade unida”.

“Aquilo que tentamos salientar é a ideia de que, apesar de a universidade ser grande, para chegarmos à situação em que estamos e para que a universidade continue a ser sustentável, no futuro, tem que existir união entre as pessoas. Os projetos só têm sucesso quando existe, de facto, união e estamos todos a trabalhar em conjunto”, sustentou.

Vítor Silva distinguiu, igualmente, a importância dos canais de comunicação interna. Nesse âmbito, os assuntos que digam respeito à comunidade UP devem integrar todas as partes na discussão. “É importante não nos esquecermos de ninguém”, esclareceu.

O atual porta-voz do pessoal não docente da UP lembrou que este grupo tem ainda uma representação deficiente. “Embora isto implicasse uma revisão de estatutos, os trabalhadores não docentes são, de facto, muito pouco representados. Portanto, acho que há aqui uma desproporcionalidade que deve ser refletida”, notou.

Vítor avançou que o próximo grande momento a que o Conselho Geral vai presidir é a cooptação de membros. Ou seja, sugerir e eleger os membros da sociedade civil, que conheçam bem a região onde a Universidade do Porto se insere e que, por outro lado, estejam por dentro da realidade, para integrarem o conselho.

Segundo a mesma fonte, o presidente do Conselho Geral, o juiz conselheiro Alfredo José de Sousa, vai convocar uma reunião de boas-vindas aos novos membros onde serão sugeridos nomes para integrarem o conselho de representação de membros cooptados.

Por outro lado, a eleição do próximo Reitor, daqui a um ano, ficará também a cargo do conselho. Nesse âmbito, o Conselho Geral terá a função de acompanhamento e aconselhamento. Vai ser ainda chamado a votar sobre as propostas de candidatos que surgirem.

Resultado das eleições de professores e investigadores:

Lista A – “Unidade, Pluralidade e Subsidiariedade”
354 votos, 4 mandatos: Amandio Rocha Sousa (FMUP), Carlos Azevedo (FLUP), José Fernando Oliveira (FEUP) e Lúcia Matos (FBAUP)

Lista B – “Renovação, Partilha e Coesão”
103 votos, 1 mandato: Aurora Teixeira (FEP)

Lista C – “Universidade, Autonomia e Cultura Democrática”
147 votos, 1 eleito: Corália Vicente (ICBAS)

Lista D – “Uma grande Universidade para o Futuro”
238 votos, 2 eleitos: António Silva Cardoso (FEUP) e Pedro Rodrigues (ICBAS)

Lista E – “ART – Autonomia, Renovação, Transparência”
255 votos, 3 eleitos: João Campos (FEUP), Artur Águas (ICBAS) e Luís Antunes (FCUP)

Lista F – “Fazer +”
155 votos, 1 eleito: Altamiro da Costa Pereira (FMUP)

No pessoal docente e investigadores foram eleitos 12 nomes. A Lista A – “Unidade, Pluralidade e Subsidiaridade” – foi a mais votada e elegeu quatro docentes, com um total de 354 votos.

Amandio Rocha Sousa, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), conta ao JPN que os principais objetivos da lista A são os de manter uma universidade una, plural e subsidiária.

“Pretendemos que a universidade tenha uma estrutura simples e transparente”, notou. “Queremos uma universidade que valorize as pessoas e o seu mérito, é muito importante a valorização profissional”, acrescentou o docente.

Amandio considerou, igualmente, que o próximo grande momento a que o Conselho Geral vai presidir é a eleição do próximo Reitor da Universidade do Porto. “O Conselho Geral terá a função de acompanhamento prévio, assim como a intervenção no mandato da próxima equipa”, explicou.

O docente lembrou ainda que a “abertura e renovação da universidade aos novos estudantes” são alguns dos desafios para os próximos quatro anos de mandato.

O Conselho Geral é um dos principais órgãos governativos da Universidade do Porto e tem, entre outras, a competência de eleger o Reitor. Além disso, e, sob proposta daquele órgão, aprovar as linhas gerais de orientação da instituição no plano científico, pedagógico, financeiro e patrimonial.

Na Universidade do Porto, o Conselho Geral é constituído por 23 membros assim distribuídos: 12 representantes dos docentes e investigadores, quatro representantes dos estudantes e um representante dos não docentes e não investigadores, aos quais se juntam seis personalidades externas à universidade, cooptadas pelos membros eleitos.

Os representantes dos estudantes são eleitos em períodos bienais, tendo o seu último ato eleitoral ocorrido em 2016. Já os membros externos serão definidos apenas quando estes novos membros eleitos do Conselho Geral se reunirem pela primeira vez para definir a lista de personalidades a cooptar.

Artigo editado por Rita Neves Costa