O alarme soou no final de junho. Com o edifício do antigo Colégio Almeida Garrett em hasta pública, para venda ou concessão, o Teatro Universitário do Porto (TUP) vai ter de encontrar uma nova casa.

Para definir o futuro, o grupo reuniu na última quinta-feira com a vice-reitora para a Cultura e Relações Externas da Universidade do Porto, Maria de Fátima Marinho, e recebeu o compromisso de se encontrar “um espaço condigno com todos as condições necessárias à sua atividade, o mais rapidamente possível”, informa o TUP em nota de imprensa.

Ainda não há hipóteses concretas em discussão. “Reuniremos com ela para falar de eventuais propostas de espaço brevemente”, acrescenta Maria João Calisto do TUP ao JPN.

“A vice-reitora comprometeu-se a arranjar um espaço com as devidas condições, com tudo aquilo que precisamos, sendo que a estabilidade é uma coisa de que precisamos. A última mudança foi em 2014. É muito recente”, recorda a tesoureira do grupo.

A Universidade do Porto abriu um concurso público para a venda ou concessão do antigo colégio Almeida Garrett, localizado junto à Praça Coronel Pacheco. O edifício já albergou a Academia Contemporânea Espetáculo (ACE), mas hoje apenas parte das atividades da ACE é feita ali: a escola de artes mudou-se para o Palácio Conde do Bolhão. As instalações do Teatro Universitário do Porto (TUP) e do Digital Fabrication Laboratory (DFL), instituto de investigação científica da Faculdade de Arquitetura da UP, mantêm-se no antigo colégio.

“É bem claro que este edifício não pode continuar como está. Tem de ser encerrado”, declarou o reitor da UP, Sebastião Feyo de Azevedo, no dia 10 de julho, a propósito da decisão da reitoria de arranjar novo destino para o antigo colégio, em avançado estado de degradação. “É também bem claro que iremos procurar uma solução com a ACE e com o TUP para as atividades que eles têm vindo a desenvolver”, declarou ainda o reitor.

Em setembro, arrancam novos projetos do TUP. Até lá, o grupo gostava de ver alinhavada uma solução. “Quanto mais não seja alguma proposta já para o ano de 2018, que é quando arrancamos com o nosso curso de interpretação”, acrescenta Maria João Calisto.

O TUP funciona há vários anos em instalações provisórias e com problemas infraestruturais. Foi, aliás, a degradação extrema do edifício que ocupavam na Travessa de Cedofeita que fez o TUP mudar em 2014. Uma solução duradoura é, assim, um objetivo do grupo.