Está dado mais um passo no processo de construção das novas linhas de metro no Porto e em Gaia. Esta quarta-feira, foi lançado o concurso internacional para a elaboração dos projetos da Linha Rosa, que vai ligar São Bento à Casa da Música, no Porto, e a extensão da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.

Quando a escolha por estes dois troços foi apresentada em fevereiro, o lançamento do concurso foi apontado para junho. Abre em setembro, mas mantém o prazo previsto para as obras: a iniciar em 2019 e concluir em 2022.

O valor global de referência do concurso agora lançado é de 4,7 milhões de euros e o procedimento pressupõe a pré-qualificação dos candidatos, após fazerem prova da sua capacidade e competência técnica. O concurso divide-se em dois lotes, um para cada projecto, podendo os interessados concorrer a apenas um deles ou a ambos.

De acordo com a informação da Metro do Porto, o lote relativo ao projeto da Linha Rosa, compreende a elaboração de estudo prévios, avaliação de impacto ambiental, obtenção de declaração de impacto ambiental e projecto de execução, estabelecendo um prazo total para execução destas tarefas de 330 dias. O valor máximo para este lote é de 2,6 milhões de euros.

Linha Rosa Imagem: Metro do Porto

A linha vai ser totalmente subterrânea, com quatro novas estações enterradas, que vão ser projetadas por Eduardo Souto Moura (o arquiteto responsável pelo desenho da primeira fase do Metro) e fazendo, numa extensão de 2,5 quilómetros, a ligação entre S. Bento, Cordoaria/Hospital de S. António, Galiza/Centro Materno-Infantil e Casa da Música/Rotunda.

Os mesmos trabalhos de natureza técnica e ambiental terão de ser efetuados no lote respeitante ao prolongamento da Linha Amarela, que vai ter 3,2 quilómetros e três novas estações entre Santo Ovídio e Vila d’Este. Neste caso, está previsto um prazo mais curto para a execução: o projeto e declaração de impacto ambiental deste novo troço têm que ser apresentados 270 dias após a adjudicação. O valor máximo deste lote é de 2,1 milhões de euros.

Extensão da Linha Amarela Imagem: Metro do Porto

Os candidatos que sejam elegíveis para apresentarem propostas vão vê-las avaliadas segundo dois critérios, sendo o mais relevante o preço (70%) seguido da qualidade técnica da proposta (30%).

Estes prazos significam que o ano de 2018 servirá para a elaboração dos projetos e a avaliação de impacto ambiental. No final desse ano, é esperado o lançamento dos concursos para as empreitadas para que, nos primeiros meses de 2019, as obras arranquem, devendo ficar concluídas em 2022.

No seu conjunto, e de acordo com as estimativas da empresa, a Linha Rosa e a extensão da Linha Amarela vão servir diariamente 33 mil pessoas. Com os projetos incluídos, o investimento vai rondar os 290 milhões de euros.