A música ao vivo alia-se ao cinema entre os dias 17 e 20 de fevereiro. O ciclo Invicta.Música.Cinema regressa à Casa da Música com películas que ficaram na história, como os filmes “Há Lodo no Cais” e “A Guerra das Estrelas”, acompanhadas de banda sonora ao vivo.

Quando o cinema surgiu, a voz que associávamos a uma personagem vinha apenas da nossa imaginação, uma vez que não existiam diálogos falados. As falas eram substituídas por músicas ou efeitos sonoros produzidos durante a exibição, tal como é agora recriado no Invicta.Música.Cinema.

O ciclo de cine concertos começa sábado, às 16h00, com uma reflexão sobre a Revolução Industrial. “Factory 365” convida-nos a “escutar o batimento cardíaco da era industrial” num concerto em que o gamelão – um conjunto de instrumentos de percussão originários da Indonésia –  “interpreta uma vertigem de cenas fílmicas a preto e branco, de cinza e sombra”.

Ainda no mesmo dia, “Há Lodo no Cais” traz o cinema mudo dos anos 50. O filme vencedor de oito Óscares da Academia, incluindo o de melhor filme, será interpretado pela Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música às 18h00. Tal como a Casa da Música destaca, em comunicado, Leonard Bernstein “compôs para este filme a sua única banda sonora original não adaptada de uma produção cénica, que apoia uma prestação memorável de Marlon Brando”.

A Casa da Música convida-o a entrar numa máquina do tempo.

No próximo domingo, a partir do meio-dia, há filmes e cenas marcantes acompanhados pela Banda Sinfónica Portuguesa. A tarde começa com “África Minha”, “clássico para o qual o britânico John Barry criou uma banda sonora ‘nostálgica’ e dramática”. Segue-se a Guerra das Estrelas e Via Claudia. O programa para o dia 18 termina com uma homenagem a Federico Fellini, que capta “a atmosfera surrealista e sonhadora dos filmes do realizador italiano”.

Por fim, a Casa da Música convida-o a entrar numa máquina do tempo até à Alemanha do século XX. No dia 20 de fevereiro, o Remix Ensemble interpreta a nova música encomendada a Wolfgang Mitterer para o filme-chave do movimento expressionista alemão: “O Gabinete do Dr. Caligari”. De acordo com a Casa da Música, a película de Robert Wiene é “um clássico do terror que revolucionou a estética cinematográfica e influenciou em grande medida o cinema norte-americano, do terror ao film noir”.

Os bilhetes custam entre 7,5 euros e 25 euros e podem ser adquiridos na Casa da Música.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro