A dança, por artistas nacionais e internacionais, chega ao Porto, a Matosinhos e a Gaia no dia 26 do próximo mês. A terceira edição do Festival Dias da Dança (DDD) foi apresentada esta quinta feira, no espaço Mala Voadora, um dos locais que vai receber espetáculos.

Ao todo, vão ser 16 dias de dança, com 35 espetáculos espalhados pelos três municípios organizadores.

Para Rui Moreira, esta terceira edição resulta de uma colaboração entre três municípios que “no passado viveram de costas voltadas”. Comparando com edições passadas, o presidente da Câmara do Porto contou que esta edição traz mais dois parceiros – Mira Artes Performativas e a Casa da Arquitetura -, e mais oito estreias absolutas. “Queremos festa na cidade. Mais vale festa do que funeral”, disse Rui Moreira, satisfeito com a evolução do festival face às edições passadas.

No que respeita ao orçamento, são 582 mil 347 euros no total, mais 225 mil do que no ano passado. Deste valor, 334 mil são da Câmara e do Teatro Municipal do Porto, 91 mil 500 do Teatro Nacional São João, 45 mil do município de Matosinhos, 32 mil 580 do Coliseu do Porto, 25 mil da Câmara de Gaia, 21 mil 740 da escola Balleteatro, 20 mil 27 do Armazém 22, 12 mil 500 da Fundação Serralves e três mil euros do Instituto Francês.

Tiago Guedes, diretor executivo do Dias Da Dança, explicou que o festival tem várias escalas. Passa por locais com diferentes características, uns mais “underground”, outros mais conhecidos do público em geral. Sublinhou ainda que o festival já está a ter grande adesão, nomeadamente aos workshops que já contam com 115 inscritos.

Vai ser possível assistir a atuações no espaço público (na marginal de Matosinhos, na praça D. João I, no pátio das Cardosas, no jardim do Morro e no Cais de Gaia) mas também em teatros e outros edifícios.

Em Matosinhos, a programação passa pelo Teatro Municipal Constantino Nery e pela Casa da Arquitetura. No Porto, abrem as portas para o DDD o Teatro Rivoli, o Teatro do Bolhão, o Teatro Nacional São João, o Coliseu, o espaço Mala Voadora, o Teatro Campo Alegre, Serralves e o espaço Mira – Artes Performativas. Em Gaia, a dança chega ao Armazém 22 e ao Auditório Municipal.

 

O protocolo que dá luz verde à concretização do Festival Dias Da Dança foi assinado pelos presidentes dos três municípios organizadores.

O protocolo que dá luz verde à concretização do Festival Dias Da Dança foi assinado pelos presidentes dos três municípios organizadores. Foto: Mariana Durães

No final da conferência de imprensa, os presidentes das autarquias envolvidas assinaram o protocolo que dá luz verde ao arranque do evento.

Dos curiosos aos profissionais, há programação para todos

A programação do Festival Dias Da Dança divide-se em quatro secções: o DDD In – que diz respeito aos espetáculos em salas fechadas, o DDD Out – que acontece em espaços públicos pelas cidades, o DDD Extra – workshops, masterclasses, encontros e festas e o DDD Pro – com programas específicos para profissionais.

Os espectáculos “variam desde o contemporâneo clássico ao hip-hop”, segundo Tiago Guedes. No que respeita ao DDD In, há estreias nacionais: é o caso da companhia Olga Roriz com a peça “A meio da noite”, de Luísa Saraiva com “Enchente”, e de Cristina Planas Leitão com “Um (unimal)”. No campo dos artistas internacionais, sobem aos palcos os franceses Dyptik, Amala Dianor e o espanhol Farruquito.

No DDD Out, as companhias Balleteatro&Atalaya/TNT, Radar 360º, Lígia Soares, Xavier Santos, Isabel Costa, Flávia Tápias, Jean-Baptiste André e (La)Horde animam as ruas do Porto, Gaia e Matosinhos.

Mas o festival não se faz só de performances. O DDD Extra conta com nomes sonantes portugueses e estrangeiros para cinco workshops e onze masterclasses abertos à comunidade em geral. As inscrições são feitas através do site.

Há também um encontro (Metabolic Rifts) e outros projetos como os “Freaks da Dança”, as “3 Danças de Ideias” e “Isto Não é Uma Crítica”. A diversão não fica por aqui. Às sextas e sábados há festa no Café Rivoli e no Pérola Negra.

Para os profissionais da dança, há 15 workshops e masterclasses inseridos no DDD Pro.

Todos os espetáculos têm um preço individual, que oscila entre os cinco e os 16 euros. A organização propõe dois passes conjuntos. O mais barato custa 20 euros e inclui cinco espetáculos: “Jerada”, “Inaudible”, “Nos Amours”, “Le Cri” e “Pinacendá”. O segundo passe custa 30 euros e contempla sete espetáculos de escolha livre.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro