A 16ª Mostra da Universidade do Porto (UP) abre portas esta quinta-feira (12) e decorre até domingo (15), no complexo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da UP (FFUP). Num único local, os visitantes podem encontrar informação e experiências sobre todos os cursos da UP e todas as áreas do conhecimento.
Carlos Melo Brito, diretor do evento, realça que na edição deste ano vai ser mais evidente o “reposicionamento estratégico” que a Mostra da UP tem vindo a sofrer nos últimos dois anos.
“Quando foi criada, [a Mostra] teve o propósito de funcionar exatamente como uma apresentação dos cursos que havia na Universidade do Porto”, começa por explicar o pro-reitor da UP. Carlos Melo Brito acredita que, atualmente, “a Mostra não é apenas uma exposição de cursos” e que se tornou num “grande evento para a cidade”.
“É, fundamentalmente, uma grande experiência imersiva naquilo que a Universidade tem para oferecer na área científica, com uma vertente de ensino, investigação e de inovação e empreendedorismo”, afirma o diretor da Mostra da UP.
Meter as mãos na massa em mais de 100 atividades
A longo de dois pavilhões montados nos terraços do ICBAS/FFUP, será possível “meter as mãos na massa” e participar gratuitamente em mais de uma centena de atividades interativas de experimentação e demonstração científica das diferentes áreas de atuação e de investigação da Universidade do Porto.
Os visitantes poderão participar em simulações de escavação arqueológica ou demonstrações de esgrima medieval, ver como se produzem os antibióticos, fazer um exame de avaliação do Índice de Massa Corporal ou perceber como se transforma um automóvel normal num veículo elétrico de competição. A Mostra da UP vai ter ainda provas de degustação gastronómica, uma arena de robôs e contar com a presença de Ana Catarina – Owhana – youtuber e estudante da Universidade do Porto.
Durante o mês de Abril e Maio, a UP vai desenvolver atividades “pós-Mostra”, relacionadas com as áreas de Engenharia, Arquitetura e visitas a obras emblemáticas ligadas à Universidade do Porto. Carlos Melo Brito vê estas iniciativas como “uma forma de envolvermos a cidade com a própria universidade”.
“Vale a pena ter um curso superior”
Na Mostra da UP, os alunos do ensino básico ou secundário podem encontrar informação sobre os planos de estudo, os requisitos de acesso e as saídas profissionais dos 52 cursos de licenciatura e mestrado integrado da instituição.
Depois de passar pelo Palácio de Cristal e Alfândega do Porto, pela primeira vez a Mostra da Universidade do Porto realiza-se em casa. Foto: Vânia Pimenta
O público pré-universitário tem, então, a oportunidade de contactar diretamente com cerca de 300 estudantes, professores e técnicos e tirar todas as dúvidas e questões em torno do ensino superior com aqueles que o frequentam.
Com os serviços académicos e de ação social, os visitantes podem ainda receber informações sobre apoios sociais, empregabilidade e programas de mobilidade internacional, assim como participar em sessões de esclarecimento sobre o acesso ao Ensino Superior e obter ajuda em matéria de orientação vocacional.
Carlos Melo Brito salienta a “vertente de responsabilidade social” da Mostra, nomeadamente na luta contra o abandono escolar. “Portugal tem a 4ª taxa de abandono escolar mais elevada da União Europeia, é preciso sensibilizar os estudantes e as famílias”, afirma o professor da Faculdade de Economia da UP.
“Queremos passar a mensagem de que vale a pena ter um curso superior”, sublinha o pró-reitor.
Organização espera 25 mil visitantes
Em 2017, cerca de 19 mil pessoas visitaram a Mostra da Universidade do Porto. Para este ano, a direção do evento espera atingir os 25 mil visitantes. “Temos tido um crescimento muito grande, porque ainda há poucos anos estávamos na casa dos 13 e 14 mil”, acrescenta Carlos Melo Brito.
O público-alvo da Mostra é essencialmente as escolas e famílias de jovens que frequentam o ensino secundário. No entanto, o diretor do evento conta que na edição passada foram muitos os turistas a visitar a feira de educação e conhecimento.
“Se estivesse em Oxford e houvesse uma mostra da Universidade de Oxford, eu gostaria de ir e não estava interessado em frequentar nenhum curso. É exatamente esse o posicionamento que nós queremos atingir para a nossa mostra”, afirma Carlos Melo Brito.
Devido às obras de reabilitação do Pavilhão Rosa Mota,a Mostra da UP realiza-se pela primeira vez “em casa”,isto é, nas instalações da própria universidade.
Horário:
Quinta e sexta-feira (12 e 13): das 10h00 às 19h00
Sábado (14): das 11h00 às 20h00
Domingo: 11h00 às 19h00
Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro
