As escolas são o público às quais as atividades do Bioblitz se destinam, de 16 a 20 de abril. Já no fim de semana, dias 21 e 22, o evento está aberto a todos os interessados. Este ano, a iniciativa está “a funcionar em torno de dez temáticas de foro científico, para aferir a biodiversidade do Parque de Serralves”, avançou Mariana Roldão, responsável pela organização.

Mariana Roldão revelou que o grande diferencial da inventariação deste ano é que assenta em três componentes – a científica, a pedagógica e a das artes – em torno das quais se desenvolveram um conjunto de oficinas que procuram “comunicar a ciência e o processo científico através de metodologias mais interventivas e mais participativas”. Isto permite que todos os participantes experimentem a ciência e a descoberta da biodiversidade de forma diferente, explicou.

A grande inovação desta 5ª edição do evento prende-se com o facto de estar inserida num Museu de Arte Contemporânea, pelo que a descoberta da biodiversidade existente no parque vai envolver metodologias relacionadas com “a arte e o ambiente, num trabalho conjunto”, revelou a responsável pela iniciativa.

Durante o fim de semana os participantes podem assistir a um espetáculo sobre a água e as alterações climáticas

Durante a semana, o Bioblitz conta com “oficinas pedagógicas e científicas que serão desenvolvidas pelos educadores do Serviço Educativo Ambiente e Arte.”

“Temos saídas de campo diurnas e noturnas, que serão desenvolvidas pelo Centro de Investigação e Biodiversidade do Porto, e atividades que são trazidas pela Lipor, parceiro do evento que participa com jogos”, adiantou Mariana Roldão.

Os oito municípios que integram a Lipor – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde – estarão também presentes com atividades e oficinas, de 16 a 22 de abril.

Durante o fim de semana, os participantes podem assistir ao espetáculo “Água”, da Circolando – Cooperativa Cultural, com o apoio da Lipor. A apresentação tem como tema o recurso que lhe dá nome e as alterações climáticas, “diretamente relacionadas com a perda e extinção da biodiversidade”, explicou a organizadora do Bioblitz. Há duas sessões: uma sábado de tarde e outra domingo de manhã.

O Bioblitz atua “como uma referência para a comunidade educativa e enquanto veiculador de uma mensagem ambiental”

As duas sessões são gratuitas, assim como todas as 1.016 oficinas que constituem o total de atividades do evento, no qual os municípios fundadores de Serralves também foram convidados a participar. O aumento da oferta, comparativamente a edições anteriores, deve-se à colaboração com dois grandes parceiros: a Agência Portuguesa do Ambiente e a UNESCO, segundo Mariana Roldão.

A responsável pelo evento destacou uma grande recetividade por parte das escolas e sublinhou que a “transversalidade” do Bioblitz pode servir como referente para que as instituições de ensino possam reproduzir as atividades e utilizar as ferramentas disponibilizadas nas suas realidades.

A iniciativa “funciona também como uma referência para a comunidade educativa e enquanto veiculador de uma mensagem ambiental”.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro