A eleição do Conselho Geral da Universidade do Porto (UP) decidiu, esta sexta-feira, que António Sousa Pereira será o Reitor da instituição no mandato entre 2018-2022.

Depois de vencer por um voto o atual Reitor Sebastião Feyo de Azevedo, na primeira ronda, o JPN falou com o recém-eleito.

Objetivo é “cumprir com o programa”

“Para mim representa uma mudança de função”, começou por afirmar António Sousa Pereira em jeito de primeira reação. O ainda diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) acrescentou que essa mudança “teria que ocorrer de qualquer maneira, porque não poderia renovar o mandato” à frente do instituto.

“Agora tenho uma nova vida pela frente à qual espero adaptar-me com sucesso, mas confesso que ainda estou naquela fase de expectativa” disse entre risos.

Quanto ao que se pode esperar do seu mandato: “cumprir o programa” que apresentou. “Vai ser essa a minha preocupação”, referiu, embora admita que “naturalmente” terá “pela frente um período longo” para se “inteirar de todos os dossiês relevantes que estão em curso na reitoria”.

A essa adaptação – “que vai demorar o seu tempo” – segue-se “uma fase de ação” para  “dar cumprimento” às medidas que se encontram presentes no programa de ação que quer levar a cabo como Reitor.

Questionado sobre que mudanças se pode esperar do seu mandato, face aos últimos quatro anos, Sousa Pereira referiu que “os programas eram muito diferentes”.

António Sousa Pereira espera agora “contribuir para a melhoria dos processos internos da universidade”, algo que considera “urgente”. Outros desafios são “olhar para a sustentabilidade da universidade, aproximar os institutos e associações à universidade, promover a transversalidade e promover uma melhoria grande na prestação dos apoios que os estudantes necessitam”.

Segundo o médico de 56 anos, “no fundo”, para além de cumprir promessas, o objetivo é “resolver problemas, sempre numa ótica de procurar soluções que envolvam o mais possível as pessoas e contribuir, dessa forma, para uma resolução participada de todos os problemas”.

Questionado sobre os planos para a composição da equipa reitoral, António Sousa Pereira não quis adiantar detalhes. Sabe-se apenas, de acordo com o que o então candidato afirmou na sua audição pública na passada terça-feira, que a equipa não irá integrar nenhum membro do ICBAS – para além do próprio Reitor – e que no pelouro relativo à investigação seria colocado “alguém dos laboratórios associados”.

Artigo editado por Sara Beatriz Monteiro