Alberto Amaral não é só a cara do segundo reitorado mais longo da história da Universidade do Porto. Os 13 anos em que liderou os destinos da UP ficaram também conhecidos como o período de maior transformação e expansão desta universidade.

Esta sexta-feira, pelas 16h30, Alberto Amaral, agora com 75 anos, vai ser homenageado pela Universidade do Porto, pela Faculdade de Ciências e pela Fundação Engº António de Almeida numa cerimónia que terá lugar no Auditório Ferreira da Silva, da FCUP.

O atual presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, um dos grandes especialistas nacionais e internacionais em políticas do setor, vai ver ainda ser inaugurado um busto seu no jardim junto ao Departamento de Química e Bioquímica, no qual começou a sua carreira docente. A obra é do escultor Hélder de Carvalho.

Alberto Amaral, que nasceu em Fafe em 1942, licenciou-se em Engenharia Químico-Industrial pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1965. Fez o Doutoramento em Química Quântica na Universidade de Cambridge e no regresso começou a lecionar na FCUP, onde veio mais tarde a assumir o cargo de diretor.

Foi eleito reitor da Universidade do Porto em 1985 e viu o seu mandato ser renovado em duas ocasiões: 1990 e 1994. Liderou a UP até 1998, altura em que saiu para dirigir o Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior.

Ao longo do seu mandato, foram construídos os edifícios que hoje albergam as faculdades de Ciências, Letras, Arquitetura, Desporto, Medicina Dentária e as bases de Engenharia.

Foi ainda no seu reitorado que nasceu a Faculdade de Direito e que a então Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) se integrou na Universidade do Porto, passando a Faculdade de Belas Artes.

Nesta entrevista dada ao JPN em 2016, a propósito dos 105 anos da Universidade do Porto, Alberto Amaral fala da sua ligação à instituição e ajuda-nos a perceber os desafios enfrentados pelo setor.