A edição de 2018 do Marés Vivas arrancou esta sexta-feira, na Antiga Seca do Bacalhau, em Vila Nova de Gaia. O novo espaço assegurou entretimento para os festivaleiros de todos os gostos e idades.

O Marés Vivas regressou num novo e maior espaço, mas os alicerces conceptuais do festival mantêm-se. Alguns elementos de sucesso nas edições anteriores, como os palcos Santa Casa e Moche, estão de volta, mas agora acompanhados de novidades. A variedade de fontes de entretenimento refletiu-se na diversidade do público que circulou pelo espaço do festival. 

Um das novidades desta edição do Marés Vivas foi o KIA Digital Stage. Este palco oferece uma atuação por dia de figuras populares da Internet. A estreia da nova área do festival ficou a cargo de Waze. O jovem de 17 anos, oriundo da Maia, conseguiu alcançar vários seguidores, através das redes sociais, e atrair visualizações para as suas músicas, no Youtube. O espetáculo contou com os seus maiores sucessos e cumpriu o objetivo de animar os espectadores mais jovens do Marés Vivas.

Fernando Daniel foi o último a tomar conta do palco Santa Casa no primeiro dia do festival. O cantor que chegou à fama como vencedor do concurso televisivo The Voice Portugal trouxe, entre o seu repertório habitual, “Espera”, o primeiro single de autoria própria escrito em parceria com Carolina Deslandes. O público que surgiu junto ao palco Santa Casa revelou que, para Fernando Daniel, ser novo no mundo da música profissional não representa um obstáculo para se obter um seguimento forte. 

O Palco MEO abriu pouco depois das 20h00 com Manuel Cruz. O músico, ex-Ornatos Violeta, apresentou um concerto com músicas de todo o espectro da sua carreira. Num espetáculo minimalista, com apenas quatro elementos alinhados horizontalmente em palco e sem recurso a qualquer efeito visual, a música foi o único foco da atuação. Manuel Cruz e os seus muitos instrumentos, como o banjo, o cavaquinho e a guitarra, deram as boas vindas aos festivaleiros que se começavam a reunir em frente ao palco principal do Marés Vivas.

Os americanos Goo Goo Dolls foram os segundos a subir ao palco MEO, na sua estreia em palcos portugueses. A banda prendeu o interesse dos espectadores ao longo de todo o concerto, mas foi no final, ao som de Iris, o maior êxito do grupo, que a emoção mais se fez sentir. A multidão entusiasmada acompanhou o desempenho vocal de Johnny Rzeznik, num agradecimento apaixonado pelo espetáculo. 

Seguiram-se os cabeça de cartaz, Jamiroquai. A banda inglesa liderada pelo vocalista Jay Kay mostrou o porquê de serem o acontecimento mais esperado do dia. O líder da banda complementou o seu desempenho vocal com os movimentos de dança que já se tornaram um elemento fundamental da sua presença em palco.

O artista também se fez acompanhar pela última iteração do seu habitual chapéu, agora complementado com movimentos mecânicos e efeitos de luz. O concerto, repleto de luz e energia ao som de hits como “Little L”, “Cosmic Girl” e “Use The Force”, assegurou o entusiasmo da audiência do início ao fim.

A noite ainda era jovem quando Richie Campbell entrou para fechar o Palco MEO. O artista português trouxe ao Marés Vivas um alinhamento para todos os gostos, variando entre os clássicos de reggae e a sua nova sonoridade de R&B. Mesmo tendo começado de madrugada, o concerto conseguiu dar energia aos festivaleiros, que cantaram as suas músicas favoritas de forma audível. Assim, o regresso de Richie Campbell ao festival, três anos após a sua última atuação, enviou muitos espectadores satisfeitos para casa.

Com o palco MEO encerrado, coube a Mundo Segundo a responsabilidade de entreter aqueles que ainda não estavam prontos para ir para casa. O MC português ficou à frente do palco Moche para um espectáculo de hip-hop.

O Marés Vivas continua até domingo. David Guetta, Kodaline e The Black Mamba são alguns dos nomes que vão estar presentes nos palcos do festival, este sábado.

Artigo editado por Filipa Silva