Está oficialmente aberto ao público, desde sexta-feira, o primeiro Parque Canino da cidade do Porto.

A infraestrutura localizada no Jardim Paulo Vallada (também conhecido como Jardim das Pedras), junto à Avenida Fernão de Magalhães, consiste em duas áreas distintas, uma para cães de pequeno porte outra para cães de grande porte, ambas delimitadas por uma cerca de madeira, dentro da qual os animais poderão andar sem trela.

Filipe Araújo, vereador do Ambiente, acompanhado por Rui Moreira na inauguração.

Filipe Araújo, vereador do Ambiente, acompanhado por Rui Moreira na inauguração. Foto: Filipa Silva

A iniciativa pioneira da autarquia será avaliada antes de ser estendida a outras zonas da cidade, segundo revelou o vereador com a pasta do Ambiente, Filipe Araújo, à margem da inauguração.

“Optámos por fazer nesta zona o primeiro, porque é uma zona muito usada pelas pessoas para passearem cães, como podem ver. Vamos estudar a forma como ele é utilizado pela população, para depois equacionar outros parques noutros locais da cidade”, declarou aos jornalistas.

Para usar o parque há regras a cumprir e elas estão afixadas à entrada: obrigatoriedade de recolher os dejetos, proibição de alimentar animais ou a recomendação de que só usem o espaço animais devidamente vacinados e desparasitados, são alguns exemplos.

Os dois recintos possuem uma câmara de entrada onde os donos deverão retirar a trela aos animais. No interior, os donos encontram bancos de betão para se sentarem, ao passo que os animais têm uma caixa de areia para escavarem e equipamentos de madeira para exercícios. Há ainda um bebedouro, com duas saídas de água, uma para pessoas e outra para animais, e uma papeleira com dispensador de sacos para a recolha dos dejetos.

Não há uma imposição sobre o número de animais que podem usar o espaço em simultâneo. Filipe Araújo diz, sobre o assunto, confiar no bom-senso dos utilizadores.

PAN aplaude, mas sugere melhorias

O PAN (Pessoas Animais Natureza) congratula-se quer por “finalmente o Porto ter um parque canino”, quer pelo facto de a autarquia ter acolhido a proposta desta força política de criar “um parque para cães mais pequenos e outro para maiores”, mas aponta também algumas falhas.

Ao JPN, Bebiana Cunha, considera, por exemplo, que era necessária a existência de mais do que uma entrada, e que deviam existir também mais dispensadores de sacos e caixotes do lixo “para evitar ajuntamentos e riscos de conflitos”.

A deputada municipal do PAN acha ainda que a existência de um parque “é de todo insuficiente”. “O Executivo municipal deve avançar o quanto antes para um parque por freguesia”, refere.

Novo canil em maio

O investimento no Jardim Paulo Vallada ronda os 40 mil euros e insere-se “numa política para o bem-estar animal” da autarquia. Filipe Araújo refere como exemplo maior desse esforço o novo centro de recolha animal, que está a ser construído na Travessa de Águas Férreas de Campanhã, numa parcela de terreno que atualmente integra o Viveiro Municipal.

Sobre esse equipamento, há muito reclamado na cidade, o vereador do Ambiente avançou que a abertura deverá acontecer em maio: “o maior investimento é de facto o centro de recolha oficial que abrirá em princípio em maio”, declarou aos jornalistas.