Está marcada para esta sexta-feira uma greve geral da Função Pública, com os previsíveis efeitos a fazerem-se sentir já esta noite em locais como hospitais, na recolha do lixo e noutros serviços que cumpram horários noturnos, entre as 22h00 e a 24h00.

As estruturas sindicais que convocaram a greve nacional preveem uma elevada adesão e um impacto maior nos setores da saúde, educação, finanças e autarquias, podendo levar ao encerramento de escolas e unidades de saúde.

As razões para o protesto prendem-se com o facto do Governo prolongar o congelamento salarial da Função Pública por mais um ano, limitando-se a aumentar o nível remuneratório mais baixo do setor, de 580 para 635,07 euros, na sequência também do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.

A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e a Federação Nacional da Educação (FNE) marcaram dois dias de greve a começar já esta quinta-feira para dar cobertura legal a quem quisesse participar numa concentração que decorreu frente ao Ministério das Finanças ao início da tarde em Lisboa.

De acordo com o comunicado da FNE  “o Governo continua a não valorizar nem dignificar o esforço dos trabalhadores da administração pública, sendo por isso inevitável esta greve.”

O último registo de greve nacional da administração pública ocorreu em 26 de outubro do ano passado e foi convocada pela Frente Comum, pela FESAP e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Os trabalhadores da função pública têm os salários congelados desde 2009. A Frente Comum centra as reivindicações no aumento de 4% e um aumento mínimo de 60 euros, para quem ganhe até 1.500 euros. A FESAP reivindica 3,5% de aumento.

Artigo editado por Filipa Silva