O Núcleo HeForShe da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP) preparou para esta semana um conjunto de atividades que promovem o debate sobre a igualdade de género no meio académico.

O primeiro evento da semana é um seminário sobre o HeForShe agendado para esta segunda-feira, às 15h00. Terça, dia 19, vai decorrer uma sessão de sensibilização para a violência sexual contra rapazes e homens, às 11h00, seguido de uma mesa redonda “Men’s Up”, às 15h00.

Quarta-feira, dia 20,  o programa inclui um workshop sobre a igualdade de género e quinta-feira, dia 21, o HeForShe volta a organizar uma mesa redonda, desta vez, sobre o género e a disparidade salarial.

Maria Jesus, a co-coordenadora do Núcleo do HeForShe da FPCEUP e organizadora do workshopsobre a igualdade de género, disse ao JPN que a ação do movimento se foca nas faculdades para “sensibilizar as gerações mais jovens“. Sobre a semana, afirmou que a organização privilegiou o papel do homem na “conversa”, destacando a terça-feira como o dia direcionado aos problemas masculinos. “Se vamos falar da igualdade de géneros, temos de falar de todos os géneros”, diz.

O HeForShe é um movimento de solidariedade à igualdade de género criado pela ONU. À data, conta com mais de dois milhões e oitocentas assinaturas e mais recentemente destacou-se pela campanha portuguesa #NamorarMemeASério, que visa expor comportamentos ou situações de violência em relações, lançada no dia dos namorados.

O movimento começou em 2014, mas só chegou a Portugal a 11 de março de 2017 e ao Porto em setembro desse mesmo ano. Existem cinco faculdades portuenses,todas da Universidade do Porto, que abraçaram o projeto: a FPCEUP, a Faculdade de Letras (FLUP), a Faculdade de Economia (FEP), a Faculdade de Medicina (FMUP) e a Faculdade de Farmácia (FFUP).

Telma Roque, ex-coordenadora do Núcleo da FLUP e oradora no seminário HeForShe, disse ao JPN que a ideia do movimento é “incluir os homens na conversa” sobre a igualdade de género. Segundo Telma, uma das formas com que tentam chamar os homens é trazer “tópicos que lhe toquem mais”, como a masculinidade tóxica. Declarou ainda, em tom de conclusão, que os núcleos das faculdades são uma forma mais “acessível” de chegar aos jovens.

Artigo editado por Filipa Silva