A contagem decrescente para a noite mais aguardada do ano pelos cinéfilos já começou. É já no próximo domingo que começa a 91.ª edição dos Óscares e, pela primeira vez desde 1992, a cerimónia não vai ter apresentador.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou, ao longo dos últimos meses, algumas mudanças para a cerimónia de entrega das estatuetas douradas de Hollywood, mas, após uma série de protestos da comunidade cinematográfica, voltou atrás com muitas tomadas de decisão.

O apresentador

A cerimónia dos Óscares de 2019 não vai ter apresentador, cenário que já não acontecia há quase 30 anos. Em dezembro de 2018, tinha sido anunciado que este papel caberia a Kevin Hart. No entanto, o comediante renunciou ao convite depois de uma polémica em torno de tweets seus com piadas homofóbicas, publicados entre os anos de 2009 e 2011. Hart pediu desculpa pelos comentários, mas tomou a iniciativa de não participar no evento.

Segundo a revista norte-americana Variety, haverá apenas as habituais apresentações de cada categoria, conduzidas pelas celebridades.

Transmissão

A gala dos Óscares não vai ser transmitida em canal aberto em Portugal, ao contrário do que aconteceu nos últimos anos, mas vão haver duas opções para quem quiser assistir na televisão: no canal FOX, os espetadores vão poder assistir à cerimónia com comentários em português e na FOX Movies vai ser transmitida a versão original, sem locução nem tradução.

O evento começa às 23h30, com uma emissão especial da passadeira vermelha, acompanhada pelos comentários da dupla da RFM Joana Cruz e Rodrigo Gomes. Já a cerimónia propriamente dita só terá início à 01h.

A categoria para filmes populares 

Uma das novidades desta edição seria a introdução da categoria para filmes populares (“Outstanding Achievement in Popular Film”). No entanto, a entrega deste prémio foi adiada indefinidamente. A Academia referiu, em comunicado, que “implementar qualquer novo prémio nove meses depois do começo do ano cria desafios para filmes que já foram lançados”.

Dawn Hudson, diretora executiva da Academia acrescentou que “houve uma série de reações à introdução do novo prémio”, pelo que a Academia reconheceu “a necessidade de mais discussão” com os membros.

Cerimónia mais curta

Este ano, a cerimónia dos Óscares iria contar com três horas de duração, mas a Academia recuou na decisão de encurtar a transmissão.

A solução inicial era colocar a apresentação de quatro categorias (Fotografia, Montagem, Curta-Metragem em Imagem Real e Caracterização) no intervalo. No entanto, em carta aberta divulgada pelo site The Hollywood Reporter mais de 300 personalidades de Hollywood defenderam que “relegar essas funções cinematográficas essenciais a um estatuto menor (…) não é nada menos do que um insulto a quem dedica as vidas e paixão a estas profissões.” A decisão ficou, então, sem efeito.

Queen e Adam Lambert

Os Queen vão atuar na cerimónia dos Óscars. Os esforços para que os restantes membros da banda se reunissem adveio do sucesso de bilheteira de Bohemian Rapsody. O filme que conta a vida dos Queen está a concorrer em cinco categorias na cerimónia deste ano. A banda agora apresenta-se como Queen + Adam Lambert.

Atuações musicais

A cerimónia deste ano ia contar apenas os números de Lady Gaga e Kendrick Lamar. Depois de vários protestos para que as cinco músicas nomeadas fossem apresentadas durante a cerimónia, a Academia voltou a ceder e voltou atrás com a sua decisão. No entanto, algumas das músicas só terão direito a 90 segundos de atuação.

Antecipação da próxima edição

A gala do próximo ano será transmitida a 9 de fevereiro e não a 23, como inicialmente tinha sido anunciado. Esta será a data mais prematura na história dos Óscares.

Artigo editado por César Castro