“Antes de mais, é uma estrutura cultural que se divide em várias atividades sendo a principal este evento bienal”. É assim que John Romão, diretor artístico, definiu ao JPN a Biennial of Contemporary Arts (BoCA). Depois da primeira edição em 2017, a segunda edição da BoCA tem data de abertura marcada para 15 de março e estende-se até 30 de abril.

Nesta edição, vão ser apresentadas 22 estreias mundiais e 15 nacionais que vão passar por 37 espaços divididos por Porto, Lisboa e Braga. O foco desta edição será a identidade, a raça e o género.

No Porto vamos poder ver…

Segundo John Romão, o objetivo da BoCA deste ano é a transversalidade e a transdisciplinaridade. O diretor artístico apontou como exemplo uma exposição na cidade invicta: “No Porto, vamos poder ver a Marlene Monteiro Freitas, um dos nomes mais importantes da dança contemporânea portuguesa, que vai ter a sua primeira instalação artística. Convidamos artistas para atuarem fora do seu campo artístico”, explica John Romão.

Além da Marlene Monteiro Freitas (10 a 18 de abril, no Mosteiro de São Bento da Vitória), John Romão destaca a performance “Os Animais e o Dinheiro” (30 de março, no grande auditório do Rivoli) que o escritor Gonçalo M. Tavares vai apresentar.

Outro destaque é o espetáculo de Gabriel Ferrandini intitulado “Rosa. Espinho. Dureza.” que vai acontecer nos dias 29 e 30 de março, também no Rivoli.

No Teatro Carlos Alberto, os portuenses vão poder assistir à peça “Hello my name is” de Paulo Castro, nos dias 17 e 18 de abril, e à performance do Instituto da Mulher Negra em Portugal no dia 16 de março, nos Maus Hábitos.

Conhecer, circular e arriscar

John Romão é o diretor artístico da BoCA

John Romão é o diretor artístico da BoCA. Foto: Biennial of Contemporary Arts

John Romão referiu que o objetivo é “chegar a mais gente e a públicos diferentes”. Dar a conhecer as cidades e o espaços em que vão decorrer as exposições e os espetáculos é outra das metas desta segunda edição da bienal: “Queremos fazer com que as pessoas circulem pelos diferentes espaços, que possam arriscar e não ter medo de ir a espaços que não conhecem”, acrescenta o diretor artístico da BoCA.

John Romão acredita que a pessoas devem arriscar e assistir aos eventos proporcionados pela Biennial of Contemporary Arts. “No contacto com o desconhecido, tiramos sempre coisas boas e transformadoras. [Por isso] acho que as pessoas se devem deixar surpreender”, rematou.

Artigo editado por César Castro