Até dia 30 de junho deverá ser instalada uma antena 5G na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Da responsabilidade da Vodafone, a instalação vai permitir que que alunos interessados tenham contacto com a tecnologia e que experimentem projetos relacionados com a mesma.

Ana Aguiar, professora da FEUP e investigadora no Instituto de Telecomunicações (IT), referiu que a “a ideia é também que a Vodafone trabalhe com os alunos na solução de problemas” que a tecnologia 5G possa ter. Desse modo, terá que existir “bastante comunicação entre as equipas da Vodafone e os alunos”, acrescenta.

A iniciativa surge na sequência da parceria entre a Vodafone com o programa FEUP Prime, cujo objetivo é aproximar as empresas da universidade. A FEUP torna-se, assim, o primeiro parceiro académico do Vodafone 5G Hub, que vai chegar também ao Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

Novidades da tecnologia 5G

A tecnologia de quinta geração traz vantagens não só ao nível das comunicações, mas também ao nível do processamento de informação. 

Com a chegada do 5G, a rede passa a ser virtualizada, ou seja, são usadas máquinas virtuais para fazer todas as funções que normalmente estariam em sistemas dedicados. Quanto a estas funções passam “a poder estar em sistemas mais genéricos, que podem ser mais facilmente alterados”, explica Ana Aguiar.

Segundo a professora da FEUP, a tecnologia 5G traz ainda a possibilidade de comunicações de muito baixa latência, “que é a possibilidade de, organizada ou com a ajuda de antenas, dois terminais poderem falar diretamente um com o outro” sem precisarem de recorrer a intermediários (normalmente, um servidor). Assim, uma mensagem demora menos tempo a chegar ao destinatário.

No entanto, Ana Aguiar refere que as vantagens do 5G são, sobretudo, para comunicações entre máquinas numa indústria ou entre pessoas e carros, e não tanto para as comunicações entre as pessoas. A interação entre uma pessoa e uma interface física passa a ser muito mais rápida, porque também é mais rápido o envio de comandos e a receção de informação. Dessa maneira, aumenta a “velocidade não só da comunicação, mas também a velocidade que o utilizador vê do processamento de serviços”, remata a professora da FEUP.

Artigo editado por César Castro