O Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu suspender a intenção manifestada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) de não destacar, já a partir de março, agentes para jogos que não sejam considerados de alto risco. 

Depois da ameaça em parar os campeonatos equacionada pelos clubes da Associação de Futebol do Porto (AF Porto), conforme o JPN noticiou, e de reuniões entre diversos órgãos federativos, o MAI decidiu voltar ao modelo existente no início da corrente época desportiva.

Numa nota enviada à comunicação social, a tutela explicou que foi “suspensa a alteração de procedimento de requisição de policiamento de espetáculos desportivos” e que a PSP “contactou diretamente todos os clubes a quem o policiamento havia sido indeferido, no sentido de assegurar o policiamento nas situações em que o mesmo seja requerido”.

Em declarações ao JPN, o presidente da Associação Desportiva de Grijó, Manuel Gomes mostrou-se “satisfeito pela decisão do ministério”, mas alerta que o trabalho dos clubes e dos responsáveis federativos “deve continuar para revogar a lei 216/2012”. O decreto-lei prevê o policiamento obrigatório em espetáculos desportivos apenas para ligas profissionais. Nas ligas amadoras, só nos jogos de risco elevado as forças de segurança são obrigadas a destacar agentes.

Segundo Manuel Gomes, embora a tutela do ministério tenha suspendido a decisão da PSP, os clubes estão “sempre sujeitos que a qualquer momento a PSP retome esta medida do não policiamento”. O presidente acredita que a “alteração da lei” seria o mais adequado.

Para o líder da estrutura do Grijó, a possível paragem dos campeonatos da AF Porto foi um dos motivos que levaram o MAI a suspender a medida do comando da PSP: “O ministério teve alguma consciencialização dos problemas que viriam a surgir. Não há dúvida que tomou em consideração a possível paragem dos campeonatos assim como as situações dos jogadores”, finaliza.

Artigo editado por César Castro