O maior simulacro de catástrofes realizado a norte de Portugal vai ter lugar em Guimarães, de 22 a 24 de março. Os Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas estão a organizar o evento, no quartel, que vai envolver 120 pessoas, entre as quais policiais de segurança, militares, bombeiros, médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros.

O exercício vai contar com 30 formadores do Madeira Internacional Disaster Training Center (MIDTC) e o objetivo é que todas as entidades com responsabilidade civil treinem uma situação de emergência e que “toda a gente fale a mesma linguagem”, refere Filipe Serralva, diretor do curso, ao JPN.

Na opinião do também diretor do serviço de urgência do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães (HSOG) existem “muitas instituições que funcionam bem, mas que normalmente não treinam em conjunto” com outras entidades.

O primeiro dia vai ter uma componente mais teórica, enquanto que o segundo e o terceiro dias serão mais práticos. Para além de treinos de comando e de campo, as entidades vão treinar uma situação que possa acontecer num estádio. “Uma bomba que rebente, uma bancada que caia, confronto de claques, alguém com uma metralhadora que resolva disparar sobre a multidão” são algumas das hipóteses que Filipe Serralva aponta como possíveis de treino.

A cidade de Guimarães vai receber, em junho, o jogo Holanda vs Inglaterra da final four da Liga das Nações. A partida vai ser considerada de alto risco e Filipe Serralva diz que têm de “estar prevenidos e treinar todas as situações” possíveis.

Na visão do diretor do HSOG, o importante é que “as pessoas tenham confiança nas instituições que as estão a proteger” e que tenham “a sensação de segurança”.

Artigo editado por César Castro