2004 não foi só o ano do Europeu de Futebol em Portugal, do Apito Dourado ou dos atentados de Madrid. Foi também o ano em que terminaram o curso os primeiros estudantes de Jornalismo da Universidade do Porto.

Foi a pensar neles que o JPN foi criado, numa tentativa de reunir as múltiplas competências que o recém-criado curso – espécie de joint venture de quatro faculdades da UP (Belas Artes, Economia, Engenharia e Letras) reunia.

Pedro Leal, à altura professor do curso e um dos mentores do JPN, explica como era amplo o objetivo primordial do projeto.

Quando em Portugal a comunicação social dava ainda os primeiros passos no online, o JPN fez-se nativo digital. Sérgio Nunes, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, esteve envolvido no desenvolvimento da plataforma que suportaria o site. Já o design ficou a cargo dos docentes da área, como recorda Emília Costa, professora no curso e na Faculdade de Belas Artes.

Nos primeiros dias de março, a redação estava pronta para receber os seus primeiros estagiários. André Morais, Maria João Cunha e Ana Correia Costa recordam a logística montada.

O dia 22 de março, Dia da Universidade do Porto, foi escolhido para marcar o lançamento oficial do projeto. Manuel Bento e Maria João Cunha assinaram algumas das primeiras notícias.

Em 15 anos, o JPN foi vendo nascer vários programas de rádio. O mais antigo é o PortOuvido e sobre a sua criação fala Patrícia Posse. O Quarto Árbitro é outro exemplo, como recorda André Monteiro. O programa mudou de formato, mas manteve-se como terreno de exploração para os mais adeptos do jornalismo desportivo.

O jornalismo online evoluiu muito na década e meia que entretanto passou. É dessa evolução que nos falam dois antigos alunos do curso de Ciências da Comunicação que também passaram pela redação do JPN: Ana Isabel Pereira e Miguel Conde Coutinho.

Dar aos estudantes de Jornalismo a oportunidade de aprofundarem o conhecimento prático da profissão sempre foi um dos principais objetivos do JPN. Um objetivo que responsáveis como David Pontes, atual diretor-adjunto do jornal “Público”, ou Pedro Leal, ex-professor da UP e atual diretor geral de produção da Renascença, reconhecem como vantajoso para os estudantes.

Peças realizadas no âmbito da disciplina de AIJ/Rádio – 3º ano