As estações da Trindade e da Casa da Música são as únicas da Metro do Porto equipadas com desfibrilhadores. Por lei, qualquer estação ferroviária (de metro ou camionagem) que tenha uma média superior a dez mil utilizadores diários é obrigada a ter um equipamento no local.

Só a estação da Trindade possui uma média entre 80 a 100 mil utilizadores diários. Em declarações ao JPN, Jorge Morgado, responsável pela comunicação da Metro do Porto assegura que “as equipas de segurança e de apoio aos clientes do metro do Porto têm formação adequada para utilizar os desfibrilhadores”. As estações de Campanhã, São Bento e Bolhão são as estações que se seguem com maior afluência de passageiros, mas sem atingir o patamar das dez mil pessoas.

A experiência internacional demonstra que, em ambiente extra-hospitalar, a utilização de desfibrilhadores automáticos externos por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas. Atualmente, cerca de 230 mil pessoas utilizam diariamente o metro do Porto que tem crescido cada vez mais em grande parte devido à influência turística na cidade.

Para além das estações ferroviárias, o decreto-Lei 184/2012 veio reforçar a utilização de desfibrilhação automática externa, tornando-a mesmo obrigatória, desde setembro de 2014, em estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, aeroportos e portos comerciais e recintos desportivos e de lazer (com lotação superior a cinco mil pessoas).

Artigo editado por César Castro