Rui Moreira está convicto que o Tribunal de Contas acabará por ceder a favor da autarquia depois do chumbo do projeto para o Matadouro, mas garante que não vai “esperar uma eternidade pela resposta ao recurso”. A informação foi avançada à margem da sessão pública de apresentação do Masterplan Estratégico do Porto Oriental e da Operação de Reabilitação Urbana da Corujeira/Campanhã. O presidente da Câmara do Porto considerou até ao “final de maio” um “prazo razoável”.

Se tal não acontecer, o autarca vai avançar com um “plano B” para o projeto, assegurando que a Câmara vai “fazer aquilo que pretendia no projeto original”. Rui Moreira sublinhou que a Câmara passou três anos a trabalhar no programa do matadouro municipal que é visto “por todas as forças políticas” como estratégico.

“O Matadouro Municipal é um projeto que, depois de ter sido estabilizado entre todos nós [forças políticas] e depois de termos aperfeiçoado aquilo que é o seu programa, é indispensável. Seja de uma forma ou de outra, vamos fazê-lo”, assumiu o presidente da Câmara do Porto.

No mês passado, Rui Moreira afirmou que o Matadouro Municipal é o “game changer da cidade” como foi a “Expo 98 em Lisboa”, por prometer “impulsionar o crescimento económico como também a coesão social e territorial de Campanhã”.

O “plano A”, que conta um investimento privado da Mota Engil na ordem dos 40 milhões de euros, foi chumbado pelo Tribunal de Contas a 1 de fevereiro deste ano. Contudo, não foram adiantados detalhes sobre o “plano B” para o Matadouro Industrial, sendo necessário apresentar, primeiramente, este plano ao Executivo.

Artigo editado por César Castro