O FC Porto venceu o Boavista por 2-0. Tiquinho Soares e Otávio apontaram os golos. O dérbi da Invicta pecou pela falta de intensidade e competitividade.

O FC Porto bateu o Boavista, esta sexta-feira à noite, no Estádio do Dragão, no encontrou que abriu a 28ª jornada do campeonato. Os dragões dominaram totalmente a partida e alcançaram os três pontos que os colocam na liderança, à condição, da Primeira Liga. Um pénalti convertido por Soares e um remate de fora da área de Otávio deixaram o Boavista sem resposta anímica.

Era o jogo cem da equipa técnica do FC Porto. A data foi assinalada sem Sérgio Conceição no banco, devido a suspensão. Do lado do Boavista, não houve número redondo, porém, Lito Vidigal também esteve a cumprir castigo. Vítor Bruno, dos portistas, e o professor Neca, dos axadrezados, substituiram os treinadores principais.

A diferença nos erros

O ritmo morno do jogo foi patente, desde o início. Só aos dez minutos, devido a uma perda de bola no meio-campo do Boavista, surgiu uma oportunidade. Brahimi entregou a bola a Soares e o ponta de lança rodou sobre o defesa para se desmarcar. O avançado brasileiro ficou na cara do guarda-redes Bracali e rematou à figura por duas vezes.

Aos 16 minutos, Brahimi tenta uma jogada individual pela esquerda, remata perto do vértice da grande área, mas a bola sai ao lado. Depois de um período de quinze minutos sem ataques significativos, verificou-se nova situação de perigo. Otávio marcou um livre na lateral direita do Boavista e Pepe cabeceou ao lado da baliza axadrezada.

O Boavista nunca chegou a incomodar Casillas e o FC Porto dominava a posse de bola, apesar de estar sem criatividade ofensiva. Os da casa só assustavam quando o Boavista cometia erros e foi assim que passaram para a frente.

Raphael Silva não aguentou as fintas de Brahimi e derrubou o argelino na grande área, aos 41 minutos. A grande penalidade subsequente foi convertida por Tiquinho Soares. O Porto estava na frente.

Já em tempo de compensação, Marega chegou a introduzir a bola nas redes do Boavista. No entanto, o videoárbitro acabou por anular o golo devido a fora de jogo do maliano. A primeira parte terminava com os dragões na liderança do marcador, sem muito esforço.

Olhos postos no que aí vem

O início da segunda metade definiu o resto da partida. Otávio ultrapassou, em drible, um adversário no meio-campo do Boavista e, à entrada da grande área, rematou para a baliza. O esférico ressaltou na relva, acabando por trair Bracali, e entrou mesmo nas redes dos visitantes. 2-0 no marcador.

A partir daqui, o FC Porto começou a gerir o esforço físico, em antecipação do jogo da Liga dos Campeões. O Boavista, por sua vez, nunca teve capacidade anímica para elaborar uma reviravolta e estava já a pensar no Nacional. As oportunidades de parte a parte eram escassas e irrelevantes.

Aos 72 minutos, Marega voltou a dar emoção ao jogo ao receber um centro de Soares, vindo da direita. Dentro da área axadrezada, o maliano rematou para defesa sólida de Bracali.

O jogo contou, ainda, com a estreia oficial de Loum pelo FC Porto. O médio defensivo substituiu Danilo Pereira nos derradeiros 8 minutos.

Um remate artístico de primeira, por Brahimi, foi o último suspiro de uma partida que tinha perdido todo o interesse. O árbitro confirmou a vitória dos dragões e a liderança à condição da Liga NOS.

“Vamos conseguir o nosso objetivo”

No final do jogo, Neca considerou a vitória do FC Porto justa e realçou a “atitude positiva do Boavista“. O técnico adjunto dos axadrezados destacou a solidez da sua equipa, que “só rompeu no penalty”.

Neca agradeceu a presença dos adeptos que foram apoiar a equipa ao estádio e deixou uma garantia: “Vamos conseguir o nosso objetivo”.

Do lado dos dragões, nenhum representante do clube veio prestar declarações à sala de conferência de imprensa.

O FC Porto vai a Liverpool na próxima terça-feira, em jogo a contar para a primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. O Boavista recebe o Nacional no próximo domingo, numa partida referente à Liga NOS, que vai opor duas equipas em luta pela fuga à zona de despromoção.

Artigo editado por Filipa Silva