Pedro Cabrita Reis vai estar, esta quarta-feira, à conversa com Francisco Laranjo, na Aula Magna da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). É a primeira vez que o escultor vai estar na FBAUP.

As duas exposições que tem atualmente no Porto – “A Roving Gaze (um olhar inquieto)”, no Museu de Serralves, e “Faianças Brancas”, na Galeria Pedro Oliveira -, serão os temas principais do debate entre o artista e o pintor e professor da Universidade do Porto.

A sessão, marcada para as 11h00, faz parte do ciclo “Conversas sobre a Pintura”, organizada pela Secção Científica da Pintura e pelo Mestrado em Artes Plásticas, com a colaboração do Instituto da Investigação em Arte, Design e Sociedade (I2ADS).

Cabrita Reis é um dos artistas contemporâneos portugueses mais proeminentes e discutidos da atualidade. É o autor da escultura “A Linha do Mar”, inaugurada a 15 de dezembro junto ao Farol da Boa Nova em Leça da Palmeira, a qual, na sua breve história, conta já com alguns incidentes.

Primeiro, a obra foi alvo de um ato de vandalismo uma semana após a inauguração. “Vergonha”, “300 mil euros” e “ladrões” foram algumas das palavras pintadas com tinta preta nas vigas de ferro que constituem a escultura. Depois, no conjunto foi improvisado um estendal.

Quem é Pedro Cabrita Reis?

Pedro Cabrita Reis nasceu a 5 de setembro de 1956, em Lisboa, e é formado em Artes Plásticas-Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

Iniciou a carreira como pintor no início dos anos 80, adotando o estilo abstrato geométrico. Contudo, foi a escultura e instalação que levou o artista a ser reconhecido internacionalmente, na década de 90.

Participou em várias exposições internacionais como a “Metropolis” em Berlim (1991), “Documenta IX” em Kassel (1992) e “Aperto” na Bienal de Veneza (1995), onde voltou em 2003 para representar Portugal.

Nas suas obras são explorados os conceitos de arquitetura, memória e reflexão, seja numa exposição (espaço interior) ou num espaço exterior (paisagem, urbano).

Algumas das suas obras mais conhecidas são “Uma escultura para Santo Tirso”, em Santo Tirso (2001), “A cor das flores”, na Barragem da Bemposta (2001), “O Castelo”, em Vila Nova de Barquinha (2012), e “Central Tejo”, em Lisboa (2018).

Artigo editado por Filipa Silva