O Porto vai ter disponível, a partir de março, uma frota elétrica de bicicletas e trotinetas. Uma das três empresas responsáveis pelos veículos apontou ao JPN que as medidas nacionais para o transporte ecológico não são suficientes e que, desta forma, o Porto está a caminhar para um melhor ecossistema.

Thiago Ibrahim, diretor da Hive Portugal – empresa referida -, acredita que “é necessário perceber como a cidade vai interagir com as trotinetas” já que é um item novo na rotina do Porto. A adaptação, avança, a estes transportes poderá não ser fácil nos primeiros tempos, havendo a necessidade de uma fase inicial de implementação.

Para facilitar essa adaptação aos veículos, a Hive vai fazer uma distribuição gradual consoante a procura. Nesse sentido, os 700 equipamentos de transporte ecológico, daquela empresa, não vão ser disponibilizados de imediato.

Com mais de 200 pontos de estacionamento no Porto, os veículos vão poder ser alugadas por qualquer pessoa maior de idade. Na Hive, as bicicletas vão ter o custo de 0,20 cêntimos por minuto, enquanto que o aluguer das trotinetas vai ser mais elevado. Para estas últimas, o cliente terá que pagar um euro para desbloquear o veículo e depois será cobrado 0,15 cêntimos por minuto.

Preocupado com os estacionamentos indevidos, Thiago Ibrahim afirma que a empresa vai motivar os consumidores a utilizarem corretamente os veículos, através de campanhas e incentivos não financeiros. “Isto é um processo de longo prazo, as trotinetas e as bicicletas são diferentes dos carros, é um novo modo de transporte. Por causa disso, o comportamento ainda tem de ser melhorado e temos que conseguir incentivar ainda mais os utilizadores”, remata.

A requisição destes veículos vai ser processada através do download da aplicação no telemóvel do cliente. Para facilitar a circulação e preservar o bom funcionamento dos veículos, a empresa reforça que é fundamental seguir as regras disponibilizadas.

As empresas responsáveis pelos equipamentos têm de seguir o regulamento, acordado com a Câmara Municipal do Porto, relativo à oferta dos veículos. Desta forma, as viaturas só vão poder circular entre as 06h00 e as 22h00, sendo recolhidas e guardadas pelas empresas fora desse período.

Dependendo da gravidade das infrações – por exemplo, quando um dos equipamentos impede a circulação automóvel – a empresa tem 30 minutos ou uma hora para retirar o veículo do local.

A Hive, a Bird e a Circ (recentemente adquirida pela Bird) são as três empresas que receberam, esta terça-feira (11), por leilão, as licenças para operar – que se prolongam por cinco anos. No total, vão circular 2.100 veículos elétricos de uso partilhado em pontos da cidade delimitados pela Câmara Municipal do Porto, ainda a anunciar.

Artigo editado por Filipa Silva.