Quase um ano depois da assinatura do protocolo, o Bairro Académico, a edificar no Porto, continua em fase de “planeamento”. Para Marcos Teixeira, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), este é “um ano de prospeção, de estudo, de elaborar projetos”. A iniciativa continua a ser uma prioridade para a FAP e para a Santa Casa da Misericórdia, mas o projeto ainda não avançou.

O representante da Academia do Porto acredita que a fase de preparação é necessária “para assegurar que quando se avançar com o projeto, ele avança a todo o gás”, tendo o objetivo de não existirem “surpresas” quando o Bairro Académico vir a luz do dia.

As conversações que as duas instituições têm tido visam criar um novo conceito de habitação. “O bairro académico sempre foi projetado como sendo um bocadinho mais do que apenas camas”, assegura Marcos Teixeira. Isso significa que os estudantes vão poder encontrar tudo o que precisam no Bairro (restaurante, lavandaria ou até uma farmácia). Para a FAP o mais importante “é assegurar que quando acontecer, acontece bem e que não demore muito tempo”, salienta o atual presidente.

O Bairro Académico vai ser construído em terrenos pertencentes à Santa Casa da Misericórdia situados na zona da Asprela, onde está localizada a Universidade Lusíada. Segundo a parceira da FAP, o projeto insere-se “no quadro de uma cidade de inovação social” e vai ser a própria – Santa Casa – a encarregar-se da gestão.

A Santa Casa adianta que as obras vão apenas começar quando “a Universidade Lusíada sair, o que será no final de 2020/2021”. À altura da assinatura do protocolo entre as duas entidades, em 2019, António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, apontava, em declarações à Agência Lusa, que o Bairro Académico seria uma realidade “no espaço de dois anos no máximo”, abrindo portas “no ano letivo de 2021/2022”.

O intuito do Bairro Académico é o de proporcionar quartos em boas condições e a preços dignos para os estudantes universitários do Porto. Nesse sentido, a Santa Casa admite que uma renda entre os 250 e os 300 euros seria um preço justo a praticar.