O Urbi et Orbi faz 20 anos, é o jornal online académico português há mais tempo em atividade e, esta quarta-feira, assinala a efeméride ao acolher o segundo Encontro de Ciberjornalismo Académico (ECA), na Covilhã.

Em 2019, o ECA coincidiu com o 15.º aniversário do JPN e, por isso, realizou-se no Porto. Este ano, com a “desinformação” como tema, a organização convidou para o debate Paulo Pena, autor de vários trabalhos jornalísticos e um livro sobre o assunto: “Fábrica de Mentiras: Viagem ao mundo das fake news“.

A partir do meio-dia, o grande repórter do DN junta-se a Filipa Silva, editora do JPN, Pedro Emauz Silva, diretor d’A Cabra, de Coimbra, e Pedro Oliveira, diretor do ComUM, da Universidade do Minho, para discutirem “o ciberjornalismo académico no combate à desinformação”.

Durante a tarde, e antes da equipa fundadora do Urbi et Orbi recordar a história do projeto – a partir das 15h45 -, haverá ainda um workshop sobre “jornalismo mobile com Fabio Giacomelli. O Auditório da Biblioteca da Universidade da Beira Interior (UBI) recebe o evento.

Rafael Mangana, chefe de redação do Urbi et Orbi desde 2015, explica como funciona o projeto para os estudantes de Ciências da Comunicação da Universidade da Beira Interior (UBI): o aluno produz os conteúdos em contexto de aula, esses conteúdos são avaliados por um professor, editados pelo chefe de redação e, por fim, publicados. Pontualmente, podem haver casos em que o aluno propõe que um conteúdo seja publicado e, nesse caso, a notícia só passa pelo chefe de redação.

Para Rafael Mangana, o contacto entre os futuros jornalistas e o meio é fundamental. Os projetos de ciberjornalismo de cada instituição académica são uma oportunidade, pelo que o chefe de redação do jornal académico da UBI deixa um repto aos estudantes: “A colaboração entre jornal académico e aluno deve partir do aluno. O aluno de hoje é o profissional de amanhã. Se não for pró-ativo, não tem a mínima hipótese de vingar”.

O Urbi et Orbi, atualmente dirigido por Anabela Gradim, “está bem e recomenda-se”, nas palavras do chefe de redação, que aponta para o futuro: “Espero que, daqui a 20 anos, [o projeto] cá continue com saúde e a evoluir mediante os novos desafios”. Já sobre o ECA, Rafael Mangana sublinha que espera “que continue”.

Artigo editado por Filipa Silva