As viagens de finalistas, cuja maioria é agendada para as férias da Páscoa, é dos momentos mais esperados pelos alunos do ensino secundário um pouco por todo o país. No entanto, a propagação do surto Covid-19 tem vindo a preocupar, cada vez mais, os pais dos estudantes. Algumas da empresas promotoras dessas viagens, confirmaram ao JPN ainda não terem tido qualquer cancelamento.

Rita Veiga, responsável da agência de viagens de finalistas SporJovem, adiantou ao JPN que há “grande preocupação” por parte dos pais e, por esse motivo, foram “bastante contactados”.

Já a agência Xtravel, por exemplo, divulgou um comunicado na página oficial do facebook que garante aos encarregados de educação que estão a “monitorizar em permanência” todos os desenvolvimentos referentes ao assunto.

O diretor da Escola Secundária Almeida Garrett em Vila Nova de Gaia, Paulo Mota, assegurou ao JPN que não cabe àquela instituição a competência de interferir no cancelamento das viagens de finalistas. “Estas viagens são da exclusiva responsabilidade dos alunos e dos seus encarregados de educação. Institucionalmente, a escola não se associa a iniciativas que não consegue ‘controlar’“, justifica.

Todavia, o diretor escolar garantiu que a associação de estudantes já foi alertada sobre o assunto. Por outro lado, foram também acionadas medidas internas e de “desmotivação de visitas ao estrangeiro”.

Apesar do alerta lançado pelo primeiro-ministro, António Costa, desta quinta-feira (27), a responsável da SporJovem certificou que ainda não houve qualquer cancelamento. Rita Veiga disse mesmo ser “desnecessário” anular as viagens uma vez que as autoridades portuguesas e espanholas garantem não existir problema em viajar até Marina D’Or, em Espanha, local para o qual a agência efetua viagens.

Contactada pelo JPN, a agência Slide In afirmou não ter recebido “informação contrária para que haja qualquer tipo de cancelamento” nas viagens de finalistas.

Já a SporJovem assegurou que ainda não recebeu informação relativa à existência de precauções específicas que tenham de ser respeitadas. Deste modo, os jovens vão ser acompanhados durante a viagem por um grupo de responsáveis pelos alunos, um grupo da Cruz Vermelha e uma unidade médica, avança. Além disso, todas as unidades de alojamento em Marina D’Or estão reservadas pela empresa pelo que os turistas serão todos portugueses.

Apesar da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e do primeiro-ministro desaconselharem os estudantes a viajar para o estrangeiro, as questões de seguranças e de reembolso com as agências de viagens ainda se encontram em desenvolvimento.

Artigo editado por Filipa Silva.