Apesar de ainda não haver casos confirmados em Portugal, o surto do coronavírus parece preocupar muitos portugueses. Nesta semana, a corrida por desinfetantes e máscaras atingiu um novo pico no Porto. Segundo as sete farmácias portuenses contactadas pelo JPN, começa a ser difícil dar resposta à procura por este tipo de produtos.

O stock de máscaras respiratórias e gel desinfetante está, inclusivamente, esgotado em quatro dos sete estabelecimentos. Ainda assim, para algumas farmácias os fornecimentos destes produtos são frequentes. Noutros estabelecimentos, a última encomenda recebida já foi na semana passada. Assim, quase todos estão a aguardar reposição.

Uma vez que a procura é elevada e a oferta é baixa, os preços começam a ficar inflacionados. Algumas das farmácias contactadas admitem terem aumentado o preço das máscaras e dos desinfetantes: “é a lei da oferta e da procura“, refere uma farmacêutica ao JPN que preferiu não ser identificada.

Manuela Pacheco, presidente da Associação de Fármacias de Portugal, em declarações ao Observador admitiu que “há falta de máscaras”. “Temos dificuldade em adquiri-las. Chegamos a ter farmácias a pedir 500 máscaras de cada tipo, mas os fornecedores mantêm dificuldade em arranjá-las e os preços vêm inflacionados”, afirmou ao jornal online.

Álcool, luvas e ainda vitamina C são outros produtos procurados pelos consumidores para ajudar na prevenção do COVID-19. As máscaras respiratórias com filtro, em vez das simples máscaras cirúrgicas, começam também a ter mais procura em algumas farmácias do Porto.

A Direção-Geral da Saúde garante que, de uma forma geral, o uso de máscaras não é necessário para a população, uma vez que ainda não há casos registados no país. No entanto, graças ao surto, as farmácias têm tido muita procura já há algum tempo e “a tendência é continuar”, afirmam alguns farmacêuticos contactados pelo JPN.

Artigo editado por Filipa Silva