Precisamente um mês depois de o primeiro caso do novo coronavírus ser identificado em Espanha, o país é agora o segundo ao nível mundial com mais mortes – a seguir a Itália e ultrapassando a China – e o quarto com maior número de casos, depois dos Estados Unidos da América.

Os números desta quarta-feira (25) apontam para 3.434 mortos em Espanha e 47.610 pessoas infetadas, um aumento de cerca de 20% em relação ao relatório anterior do Ministério da Saúde espanhol, em ambos os parâmetros. Os casos têm aumentado de dia para dia.

A capital de Madrid, cidade onde foi identificado o primeiro caso de coronavírus no país – um homem de 24 anos que tinha viajado para Itália – continua a ser o maior foco da COVID-19, com mais de 15 mil casos, e a Catalunha é a segunda região com maior incidência do vírus – com quase 10 mil infetados. Todas as regiões espanholas, incluindo as ilhas, apresentam casos de contaminação com o novo coronavírus.

O diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências em Saúde do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simón, falou esta quarta-feira à população para alertar que Espanha, “se não está já no pico [de casos infetados], está muito perto disso”. O epidemiologista alertou para a manutenção das medidas de contenção nesta fase mais crítica.

“Voltarmos ao aumento de casos enquanto estamos a baixá-los, se não tivermos cuidado, é fácil”, disse Fernando Simón, apelando para que se “mantenha a tensão” de contenção no país.

O estado de emergência foi decretado pelo Estado espanhol há onze dias e o Conselho dos Deputados vota esta quarta-feira a extensão do prazo que vigoraria apenas até ao próximo sábado (28). A medida deverá ser aprovada sem problemas já que este sábado o chefe do Governo espanhol, Pedro Sanchéz, afirmou a intenção de o estado de emergência ser alargado.

Artigo editado por Filipa Silva