Portugal regista 60 mortes devido ao novo coronavírus, mais 17 do que os números de ontem. De acordo com o Boletim Epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quinta-feira (26) existem 3.544 casos de infeção confirmados, mais 549 do que no dia anterior, representando um aumento percentual de 18,3%.

Das 17 mortes, dezasseis registam-se entre pessoas com mais de 70 anos (80%). O número total de óbitos distribui-se da seguinte forma: Norte (28), Lisboa e Vale do Tejo (18), Centro (13) e Algarve (1).

O número de recuperados aumentou para 43, mais 21 pessoas curadas, em relação ao dia anterior. Apenas 191 pessoas estão internadas, 61 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Em número de casos confirmados, a região norte é também a mais afetada, com 1.858 casos confirmados. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com1082, e o Centro com 435. No Alentejo há 20 casos e no Algarve 89. O arquipélago dos Açores regista 24 casos e a Madeira 15.

Por concelho, Lisboa regista 284 casos, o Porto 259, a Vila Nova de Gaia 163, Maia 157, Gondomar 114 e Valongo 100.

O primeiro dia da fase de mitigação

Na conferência de imprensa desta quinta-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, assinalou o primeiro dia da fase de mitigação da pandemia. “Nesta fase o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está pronto para dar resposta a todos os doentes de COVID-19″, garante.

António Lacerda Sales reforça que “agora mais do que nunca” os contactos sociais têm de ser reduzidos ao mínimo. A Linha SNS24 continua a ser o ponto de partida recomendado a quem tenha sintomas compatíveis com o novo coronavírus. O secretário de Estado recomenda ainda a “utilização criteriosa de todos os serviços de saúde” do país.

Todas as regiões do país têm já planos ativados de “respostas à saúde mental”, articuladas com os restantes serviços, avançou António Lacerda Sales. O secretário de Estado afirma que os portugueses têm razão para se orgulharem “da capacidade de resposta do SNS” ao COVID-19.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explica que a maioria dos infetados pelo novo coronavírus vão ficar em casa. É a “melhor opção para pessoas com infeção ligeira a moderada”, defende. Caso haja necessidade de internamento, a partir desta quinta-feira os hospitais privados não são obrigados a reencaminhar os pacientes para um local de referência.

Na fase de mitigação, a Direção-Geral da Saúde não está preocupada com a ligação epidemiológica, devido à existência de contaminação comunitária. A partir de agora, “o que interessa é ter sintomas” compatíveis com o COVID-19, diz Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde garante ainda que é provável que o número de testes aumente e que a capacidade de resposta dos serviços de saúde corresponda a essa exigência. Para Graça Freitas, Portugal “está dentro do que seria expectável” nesta fase da pandemia.

Artigo editado por Filipa Silva

Artigo atualizado pela última vez às 14h37 com as declarações da conferência de imprensa do dia da DGS.