Muitos espetáculos ao vivo têm sido cancelados devido à pandemia da COVID-19, mas os festivais de verão mantêm as datas originais. A hashtag #SaveTheSummer tem andado a circular pelas redes sociais, uma espécie de lema esperançoso por dias mais alegres. O JPN reuniu alguma da informação avançada pelas promotoras dos principais festivais de verão portugueses.

Mesmo assim, as semanas passam, a pandemia prolonga-se e a incerteza aumenta. Quanto mais próximo o festival, mais dúvidas pairam sobre a sua realização.

Talvez por isso, nos últimos dias os grandes nomes do mercado nacional tenham publicado comunicados para clarificar o público. As mensagens otimistas colocam a saúde pública em primeiro lugar.

Faltam menos de dois meses para o North Music Festival, marcado para os dias 22 e 23 de maio, no Porto. Esta segunda-feira, num texto publicado nas redes sociais, a organização admitiu estar a “avaliar constantemente a situação e equaciona neste momento todos os cenários possíveis“.

Em resposta a comentários, a equipa de comunicação revelou que “o adiamento do evento é o cenário mais provável à data“. O festival agradeceu a “todos os profissionais de saúde, segurança pública e autoridades competentes” e deixou uma mensagem positiva: “Juntos, conseguiremos que a bússola aponte sempre para Norte!”.

Entre 11 a 13 de junho, o NOS Primavera Sound é outro dos grandes destaques da cidade Invicta. Num comunicado lançado na semana passada, o festival disse estar a estudar “todas as possbilidades para que os festivais se celebrem este ano“. No entanto, a organização considerou que “a prioridade de todos é superar esta emergência médica“.

Contactada pelo JPN, Catarina Soares, da equipa do Primavera Sound, explicou que “conversas e negociações entre as organizações dos dois festivais [Porto e Barcelona] estão a decorrer“. Quando uma decisão for tomada “será comunicada nas redes sociais” respetivas.

O Rock in Rio realiza-se no mesmo mês, nos dias 20, 21, 27 e 28, em Lisboa. Camila Cabello saiu do cartaz depois de adiar a sua digressão. Esta quinta-feira, o festival publicou um vídeo onde Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, anunciou que a equipa vai “aguardar o fim do estado de emergência para tomar qualquer decisão definitiva“. “Não vamos parar de sorrir, sonhar e de fazer acontecer!“, escreveu Medina na legenda do vídeo.

Em julho e agosto, a folga para gerir a crise é maior e, por isso, o otimismo também. Em comunicado de imprensa, a Música no Coração, promotora do Super Bock Super Rock e do MEO Sudoeste, revelou estar a trabalhar para que os eventos “se realizem nas datas previstas“. “Vamos ultrapassar o momento que agora atravessamos“, acredita a promotora.

A Norte, o MEO Marés Vivas regressa entre 17 e 19 de julho, em Vila Nova de Gaia. O diretor da PEV Entertainment – responsável pelo evento -, Jorge Lopes, disse esta segunda-feira que a quatro meses do evento “ainda é cedo para tomar uma decisão“. No entanto, caso o cenário se complique, projetou setembro como a alternativa que reúne a “concordância de quase todos os artistas“.

Em entrevista à Blitz, os responsáveis pelo NOS Alive, que decorre entre 8 e 11 de julho no Passeio Marítimo de Algés, disseram que também não vão “desistir de um projeto que é daqui a quatro meses“. Álvaro Covões, da Everything is New, deixou a crença que “as coisas vão para a frente” mesmo tendo em conta que “ninguém sabe o que vai acontecer“.

Por fim, o Paredes de Coura, promovido pela Ritmos, que acontece entre 18 e 22 de agosto, publicou uma mensagem otimista também nas redes sociais, esta semana . “É responsável acreditarmos que estes cinco meses vão ser suficientes para juntos superarmos este momento difícil“, avaliou a organização do festival. No final do texto, ficou uma ideia comum a todos: “dias melhores estão a chegar“.

Artigo editado por Filipa Silva.