Portugal regista 160 mortes devido à COVID-19, mais 20 do que no dia anterior. De acordo com o boletim da situação epidemiológica, publicado durante a manhã desta terça-feira (31) pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal conta com 7.443 casos confirmados, mais mil infetados do que na véspera.

Nesta terça-feira, os números patentes no relatório epidemológico colocam Lisboa como o concelho que regista o maior número de casos confirmados (505), seguida pelo Porto com 462 (os dados de segunda-feira davam conta de 941), Vila Nova de Gaia com 338, Maia com 293, Gondomar com 298 e Matosinhos com 273 pessoas infetadas.

A correção do número de casos confirmados no concelho do Porto decorre do facto do número ontem apresentado refletir “uma dupla contagem“, que a Direção-Geral da Saúde admitiu ao “Jornal de Notícias” e que foi esta terça-feira já corrigida no boletim.

Nesse sentido, durante a conferência de imprensa desta terça-feira, a DGS justificou que o problema surgiu devido à junção da contagem dos casos reportados pelas administrações regionais de saúde (ARS) com os do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE) – órgão que permite às autoridades de saúde serem notificados quando existe um caso suspeito.

A partir desta terça-feira, a contagem dos números de casos passará a ser feita unicamente através dos números emitidos pelo SINAVE.

A região Norte continua a registar o maior número de óbitos (83), seguida pelo Centro (40), Lisboa e Vale do Tejo (35), e Algarve (dois). Alentejo, Açores e Madeira permanecem sem registo de vítimas mortais.

No total, faleceram 96 homens e 64 mulheres. Dos 160 óbitos, mais de metade (97) ocorreram em pessoas com mais de 80 anos84% entre pessoas com 70 anos ou mais.

De acordo com a informação avançada pela DGS, o número de casos confirmados pelo novo coronavírus subiu de 6.408 para 7443, o que representa um aumento percentual de 16,2%.

Por região a distribuição dos casos confirmados de infeção é a seguinte: Norte (4.452); Lisboa e Vale do Tejo (1.799); Centro (911); Algarve (137); Alentejo (50); Madeira (46) e Açores (48).

Ainda de acordo com o boletim da DGS, há 627 pacientes hospitalizados, 188 dos quais nos Cuidados Intensivos (ontem eram 164).

Na conferência de imprensa desta terça-feira, o secretário geral da Saúde, António Lacerda Sales, informou que um avião com equipamento de proteção individual deve aterrar ainda esta noite no aeroporto do Porto. A bordo são transportadas um total de 100 toneladas de material3,5 milhões de máscaras, 300 mil toucas, 100 mil batas, entre outros equipamentos “tão necessários aos profissionais que combatem esta epidemia” que serão “distribuídos pelo país conforme as necessidades”, acrescentou.

Relativamente à possibilidade de um cerco sanitário no Porto, o secretário geral da Saúde salientou que “não houve qualquer indicação das autoridades de saúde nesse sentido”.

“Neste momento não faz qualquer sentido colocar-se essa situação no Porto, independentemente da duplicação de casos, e o que posso dizer é que essa avaliação será sempre feita pela autoridade de saúde”, rematou.

Artigo atualizado pela última vez às 15h35 com as declarações da conferência de imprensa do dia da DGS.

Artigo editado por Filipa Silva