De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado esta sexta-feira (3) pela Direção-Geral de Saúde (DGS), o número total de mortes provocadas pela COVID-19 é agora de 246, mais 37 do que ontem, o maior crescimento neste indicador desde que a crise pandémica afetou o país.

O casos confirmados de COVID-19 subiu para os 9.886, mais 852 do que no dia anterior.

Mais uma vez, o Norte é a região mais afetada e que regista o maior número de mortes (130), seguida da região Centro (61), Lisboa e Vale do Tejo (51) e Algarve (3). A região do Alentejo registou, nas últimas 24 horas, a primeira vítima mortal. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira não registam óbitos associados à doença.

O número de recuperados mantém-se igual a ontem (68).

O número de casos internados é agora de 1.058, dos quais 245 estão nas unidades de cuidados intensivos.

Ao nível de casos confirmados, a região Norte é, mais uma vez, a que regista mais casos, com um total de 5.899. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com 2347, o Centro com 1286, o Algarve com 179 e a região do Alentejo com 62. Os arquipélagos dos Açores e da Madeira registam 63 e 50 casos confirmados, respetivamente.

Por concelho, os conselhos mais afetados são o de Lisboa (634), Porto (606), Vila Nova de Gaia (449), Gondomar (424), Maia (390) e Matosinhos (368).

Estão 5.392 pessoas a aguardar resultado das análises.

O mundo alcançou, esta sexta-feira, um milhão de casos confirmados em todo o planeta. Mais de 54 mil pessoas já morreram, sendo, nesta altura, Itália (13.915) e Espanha (10.935) os países com mais mortes a lamentar, de acordo com os dados recolhidos pela Universidade Johns Hopkins.

Portugal vai receber mais 24 milhões de máscaras

Na conferencia de imprensa da DGS desta sexta-feira (3), o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que Portugal vai receber 24 milhões de máscaras cirúrgicas até final de abril. Aproveitou também para deixar um agradecimento à indústria nacional que tem mostrado disponibilidade para adaptar a sua capacidade produtiva para equipar todo o sistema de saúde.

Uma das questões feitas durante a conferência de imprensa centrou-se nas queixas apresentadas por médicos e enfermeiros, que alegam não estar a receber formação. António Lacerda Sales garantiu que estão a ser aproveitados todos os recursos disponíveis e desmente essas alegações: “a formação está a ser feita juntos dos profissionais de saúde. Estamos a aproveitar todos os profissionais de saúde, a maioria dos quais já tiveram ou têm experiência nas unidades de cuidados intensivos”.

Quanto às grávidas, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que sempre que for necessário as consultas são realizadas de forma presencial e à distância sempre que for possível. Acrescentou ainda que, se na altura do parto, a mãe estiver infetada com COVID-19, cabe à equipa médica decidir se há condições ou não para o pai assistir, reforçando que tem de haver espaço de segurança entre todos os envolvidos.

Em relação ao atendimento da linha SNS24, o secretário de Estado da Saúde garantiu que tem havido “uma melhoria exponencial” no atendimento: “ontem, foram recebidas 19.263 chamadas e atendidas 15.420″, informou. “A linha Trace Covid tem um total acumulado de profissionais de 71.690 e de utentes de 54.787, dos quais 28.157 em vigilância ativa. Isto para dizer que tem havido uma melhoria exponencial da linha SNS 24”, afiançou.

O secretário de Estado da Saúde reiterou que estamos no mês mais critico desta pandemia e que a renovação do estado de emergência obriga-nos a um esforço maior. “Não podemos vacilar. Não podemos baixar a única defesa que temos no combate à epidemia que é a contenção social. A maior prova da nossa união é o nosso isolamento”, explicou António Lacerda Sales.

Artigo editado por Filipa Silva

Artigo atualizado pela última vez às 15h32 com as declarações da conferência de imprensa diária da DGS e os gráficos do dia.