A Universidade do Porto vai criar um Subsídio de Emergência para os estudantes da instituição. O despacho reitoral que o institui, com data de 1 de abril, começou por estes dias a chegar aos emails institucionais dos alunos. A medida visa qualquer aluno inscrito num ciclo de estudos da instituição – estudantes internacionais incluídos – que esteja a ser diretamente prejudicado pela pandemia COVID-19, por situações de desemprego, doença ou outras “de fragilidade social”.
Para responder às “graves carências económicas e sociais” provocadas diretamente pela crise do novo coronavírus, a Universidade do Porto propõe-se pagar um subsídio correspondente a uma prestação única de 350 euros a quem justificadamente o requeira. O objetivo é garantir o “acesso à alimentação e ao alojamento” dos estudantes.
O Subsídio de Emergência é um extra do Fundo de Apoio Social da UP, seguindo a mesma lógica do mecanismo, mas com um financiamento e objetivos específicos, decorrentes da atual pandemia. Não são elegíveis os estudantes beneficiários de ação social direta, atendendo à existência de mecanismos de atualização dos valores dos apoios concedidos.
A candidatura é feita através do preenchimento de um formulário no site dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto (SASUP) e tem de ser submetida entre 6 e 10 de abril. Se houver disponibilidade financeira, a Universidade do Porto prevê a abertura de “novos períodos de candidatura”.
Se o preenchimento do formulário não for esclarecedor o suficiente, os estudantes terão de efetuar uma reunião por telefone ou videochamada com os SASUP. A decisão é anunciada dez dias úteis depois do período de candidatura.
O presidente da Federação Académica do Porto, Marcos Alves Teixeira, vê “com muitos bons olhos” o Subsídio de Emergência COVID-19 da Universidade do Porto. “É um ótimo gesto por parte da Universidade [do Porto] e certamente servirá para ajudar muita gente“, afirma.
Artigo editado por Filipa Silva
