Portugal regista, esta segunda-feira (6), 311 mortes devido ao novo coronavírus, mais 16 do que os números de ontem – o número mais baixo, em termos absolutos, desde 27 de março e mais baixo, em termos percentuais, desde o início do surto.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado ao final da manhã existem 11.730 casos de infeção confirmados, mais 452 do que no dia anterior, representando um aumento percentual de 4%. É também o menor crescimento de casos positivos desde o início da pandemia em Portugal.

número total de óbitos distribui-se da seguinte forma: Norte (168), Centro (76), Lisboa e Vale do Tejo (60) e Algarve (7).

Ilustrações: Beatriz Cunha

O número de recuperados aumentou para 140, mais 65 pessoas curadas, em relação ao dia anterior – o maior aumento de recuperações num dia. Há 1.099 pessoas internadas, 270 das quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

Em número de casos confirmados, a região Norte é, como até aqui, a mais afetada, com 6.706 casos confirmados. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 3.070, e o Centro com 1.521. No Alentejo há 84 casos e no Algarve 229. O arquipélago dos Açores regista 68 casos e a Madeira 52.

Por concelho, Lisboa regista 699 casos, o Porto 689, a Vila Nova de Gaia 518, Gondomar 489, Maia 444, Matosinhos 400 e Valongo 364.

Bolsa de voluntários para lares de idosos está aberta

Na conferência de imprensa desta segunda-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, assinalou o aumento de testes efetuados para detetar COVID-19. “Desde o dia 1 de março, foram realizados cerca 110 mil testes”, revela. Atualmente, a capacidade atual é de 11 mil testes por dia, “sete mil no público, quatro mil no privado”, explica o secretário de Estado.

Na conferência foi também assinalado o arranque da iniciativa do Governo #CuidaDeTodos. A bolsa de voluntários vocacionada para lares de idosos anunciada a 23 de março entrou esta segunda-feira em funcionamento. “Os mais idosos são quem mais precisa do nosso apoio”, declarou o secretário de Estado.

A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, marcou presença na conferência de imprensa para esclarecer questões ligadas à alimentação. “Não existem nem superalimentos nem suplementos capazes de prevenir ou até mesmo combater a COVID-19”, afirma. Não há comida milagrosa, mas o sistema imunitário “agradece” uma alimentação saudável.

A Bastonária considera que se deve privilegiar “alimentos frescos” e os legumes e as frutas têm de ser a base das refeições diárias.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, espera que esta semana a Organização Mundial da Saúde emita novos pareceres sobre o uso de máscaras de proteção contra o novo coronavírus. “É preciso aguardar mais uns dias” para clarificar a eficácia deste equipamento, declarou aos jornalistas.

Artigo editado por Filipa Silva