A partir dos primeiros dias de maio, a Universidade do Porto vai disponibilizar testes de imunidade à COVID-19 a todos os estudantes, docentes, trabalhadores não docentes e investigadores que retomem atividades presenciais na instituição.

Em comunicado, a UP diz que os testes, que vão ser totalmente gratuitos, servem para “aferir o grau de exposição de cada pessoa ao novo coronavírus”, mas também vão ser a fase inicial de um estudo sobre a “imunidade da população portuguesa”.

O processo baseia-se na recolha de uma gota de sangue, através de uma picada no dedo e vai permitir descobrir quais os anticorpos e qual a sua reação ao novo coronavírus, sendo possível identificar as pessoas assintomáticas, mas portadoras do vírus.

O número global de testes é de “cerca de quatro mil“, esclarece fonta da instituição ao JPN. “É natural que depois escale, se o processo se demonstrar válido”, completa, acrescentando que os testes só vão ser feitos uma vez a cada pessoa, “porque são testes de imunidade, o objetivo é perceber se já houve contacto com a doença. Isto não é um teste diagnóstico, aí faria sentido”, remata.

A iniciativa, que junta a UP e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), arranca a sua fase experimental nos próximos dias. Numa segunda etapa, vão ser “determinados quais os locais nos diversos edifícios da Universidade do Porto”, onde se vai poder realizar os testes serológicos.

A realização de testes de imunidade pela UP, à comunidade, insere-se no plano de “levantamento progressivo das medidas de contenção atualmente existentes”. A elaboração do mesmo faz parte do conjunto de indicações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que coloca a possibilidade da retoma das atividades presenciais, nas instituições de Ensino Superior, a partir de 4 de maio, no caso de não ser renovado o estado de emergência em curso.

A UP é a segunda maior universidade do país. Tem cerca de 30 mil estudantes, 2.500 professores e 1.500 funcionários. A instituição, composta por 14 faculdades, está dispersa por três polos.

Artigo editado por Filipa Silva