Portugal registou mais 295 casos de COVID-19, esta terça-feira. É um crescimento de 1,2% – abaixo da médias das últimas semanas. No total, o país regista agora 23.422 casos de contágio pelo novo coronavírus.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado ao início da tarde registaram-se mais 20 mortes provocadas pela pandemia – menos uma que no dia anterior. Em Portugal, já morreram ao todo 948 pessoas.

número total de óbitos distribui-se da seguinte forma: Norte (546), Centro (194), Lisboa e Vale do Tejo (185), Algarve (12), Açores (10) e Alentejo (1).

O número de recuperados aumentou para 1.389, mais 32 pessoas curadas, em relação ao dia anterior. Há 936 pessoas internadas, menos 59 do que segunda-feira. Em Unidades de Cuidados Intensivos estão 172 pessoas, menos quatro casos em relação ao dia anterior.

Registo para a descida a pique do número de pessoas à espera de resultado de testes. Esta terça-feira, 3.563 aguardam resultados, menos 1.528 pessoas do que ontem. É uma descida de 30%.

Em número de casos confirmados, a região Norte é, como até aqui, a mais afetada, com 14.702 casos confirmados – o que se pode vir a revelar decisivo no levantamento das medidas de contenção, visto que, como o “Público” noticia esta terça-feira, vários peritos defendem a reabertura do país por regiões. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 5.593, e o Centro com 3.289. No Alentejo há 201 casos e no Algarve 330. O arquipélago dos Açores regista 121 casos e a Madeira 86.

Por concelho, Lisboa regista 1.403 casos, Vila Nova de Gaia regista 1.263 casos, o Porto 1.211, Braga 2019, Matosinhos 1.017, Gondomar 966,  Maia 826 e Valongo 700.

Recuperar a confiança no SNS

Na conferência de imprensa desta terça-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, considerou determinante a “criação de circuitos COVID e não-COVID” na redução da quantidade de novos casos diários.

O governante afirmou que há “um espaço de algum conforto” nas Unidades de Cuidados Intensivos para acolher mais pacientes, incluindo “matéria não-COVID”. O Governo está já a preparar a “atividade de cuidados intensivos pós-COVID”, para acomodar pacientes que necessitarem destas unidades. Atualmente, a taxa de ocupação é de 54%, sobrando vagas em 289 camas de Cuidados Intensivos.

O secretário de Estado revelou que há “quase 50 empresas nacionais” a produzirem equipamento de proteção de equipamento individual para profissionais de Saúde. “Esperamos ter ainda mais empresas”, anunciou.

O subdiretor-geral da Saúde explicou que houve um “incremendo de 307 óbitos” no período entre 1 de janeiro e 25 de abril relativamente à média “dos últimos 5 anos”. Diogo Cruz apelou ao cumprimento do Progama Nacional de Vacinação, que “não pode ser descurado”, independentemente do país viver em Estado de Emergência.

O secretário de Estado da Saúde acrescentou que doentes crónicos devem procurar cuidados médicos, se necessitarem. É tudo parte do “processo de recuperação de confiança no Serviço Nacional de Saúde”, que se inicia agora, segundo António Sales.

Artigo editado por Filipa Silva