Os empresários da noite do Porto vão manifestar-se este sábado, dia 6, anunciou esta quinta-feira a Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto. Na base do movimento está a reivindicação da abertura do setor, fechado desde março devido à pandemia de COVID-19.

Segundo a agência de notícias Lusa, os empresários estarão à frente dos seus estabelecimentos nas ruas Galerias de Paris, Cândido dos Reis, Conde Vizela e Fábrica – que costumavam encher antes da pandemia -, numa manifestação prevista para as 21h00.

“Perante uma completa ausência de resposta por parte do Governo e de um plano para a reabertura do setor decidimos que neste momento não estaríamos mais dispostos a aguardar e vamos partir para uma ação de visibilidade de rua de forma a sensibilizar e a alertar as autoridades do momento muito difícil que neste momento passamos”, declarou à agência Lusa o presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto, Miguel Camões.

O responsável associativo garantiu ainda que os bares vão estar fechados e que “não vai ser uma arruada”.

Segundo a associação, estão reunidas condições para que o setor comece a reabrir a partir de 15 de junho, com funcionamento até às 02h00. “É possível reabrir o setor da vida noturna de forma faseada. Não podemos interpretar o setor como igual, há vários tipos de conceitos do setor de animação noturna, há vários tipos de bares, vários tipos de discotecas e há certos estabelecimentos que podem começar a abrir, porque têm uma dinâmica muito equivalente à da restauração”, sustentou Miguel Camões, citado pela Lusa.

Para o presidente da organização, os primeiros bares a abrir seriam os que disponibilizam lugares sentados e outros com serviço de cocktelaria e reservas de mesa. A segunda fase de reabertura far-se-ia a 15 de julho, permitindo que “os clientes permanecessem também em pé nos bares” e avançava-se para a reabertura dos clubes e discotecas, com “limite máximo de clientes consoante as características do estabelecimento em causa”, segundo a agência de notícias.

Além de um plano de reabertura, é também pedida a redução do IVA para 13%, isenção da Taxa Social Única (TSU) até ao final do ano de 2021, prolongamento do ‘lay-off’ após 30 de junho, e ‘lay-off’ suportado a 100% pelo Estado.

A associação representa de momento 29 bares e discotecas do Porto e alerta que o atual momento do setor é de “profunda crise”, porque se encontra encerrado por determinação governamental desde março e por não tem qualquer expectativa de reabertura ou diálogo nesse sentido.

Artigo editado por Filipa Silva.