Os concelhos do Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Gondomar (1.093), Maia (950) e Valongo (762) mantêm o mesmo número de infetados com COVID-19 há já dez dias (considerando que os casos reportados a 6 de junho são relativos à véspera).

Vila Nova de Gaia, o terceiro concelho mais populoso de Portugal, regista mais um caso confirmado da doença, segundo o boletim epidemológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira, apresentando um total de 1.600 pessoas infetadas pelo novo coronavírus.

A Câmara Municipal do Porto (CMP), que na semana fechou a zona das Virtudes para evitar os aglomerados de pessoas que ali se verificavam, congratula-se com a situação presente do município. E garante que “a inexistência de casos positivos no Porto nada tem a ver com a falta ou menor testagem, já que tanto os hospitais centrais da cidade (São João e Santo António) como o centro de rastreio móvel montado no Queimódromo quer vários laboratórios privados continuam a fazer a testagem a todos os suspeitos ou alvos de rastreios”, lê-se no portal oficial de notícias da autarquia.

Em Gaia, o município determinou também o encerramento de uma zona ao ar livre muito concorrida pela população: o Jardim do Morro. Com recurso a gradeamento e sinalização, o espaço foi fechado na terça-feira (9) “por tempo indeterminado”, segundo informou fonte oficial da autarquia ao JPN. Gaia é o terceiro concelho com mais casos confirmados no país.

Conferências de imprensa deixam de ser diárias

Durante a conferência de imprensa das autoridades de Saúde desta segunda-feira, 15 de junho, a ministra da Saúde, Marta Temido, avançou que no domingo Portugal atingiu um milhão de testes realizados à COVID-19. Esse fator “coloca Portugal entre os primeiros em número de testes realizados”, referiu.

Marta Temido ressalvou ainda que na região de Lisboa e Vale do Tejo foram realizados, em média, 4.600 testes em maio e junho (mais mil relativamente a abril). No total dos 14.117 testes realizados na região, nos últimos dias, 5,1% testaram positivo. O concelho de Lisboa continua a ter o maior número de infetados, contabilizando, esta segunda-feira, um total de 2.880 casos confirmados da doença SARS-CoV-2, seguido por Sintra (1.934).

Em relação aos concelhos da margem Sul do Tejo, “concretamente, Seixal, Almada e um conjunto de outras áreas”, a ministra da Saúde deixou “uma mensagem de tranquilidade”. “A incidência têm-se mantido constante e decrescente. Os focos que tínhamos estão contidos e controlados. É esta a informação que nos chega das autoridades locais”, declarou Marta Temido.

Segundo o boletim epidemológico da DGS, relativamente ao dia de ontem foram reportados 346 novos infetados pela COVID-19, num total de 37.036 casos confirmados – uma taxa de crescimento de 0,94%, a mais alta desde quinta-feira. Portugal registou ainda, nesta segunda-feira, mais três mortes pela doença, um aumento de 0,19% face aos números de domingo. No total, desde março, somam-se 1.520 mortes no país.

Há ainda 431 pessoas internadas, 73 delas nos cuidados intensivos. Já os casos recuperados situam-se nas 22.852 pessoas.

A ministra da Saúde aproveitou ainda para informar que, a partir desta segunda-feira, as conferências de imprensa de atualização da situação epidemiológica do país, que são realizadas desde 9 de março, vão deixar de ser diárias para passarem a ser dadas apenas às segundas, quartas e sextas-feiras.

Artigo editado por Filipa Silva.