O FC Porto sagrou-se campeão nacional de futebol, esta quarta-feira à noite, depois de derrotar o Sporting por 2-0, em jogo relativo à 32.ª e antepenúltima jornada.

Danilo Pereira (64’) e Marega (91’) foram os autores dos golos que confirmaram a vitória portista no clássico realizado à porta fechada no Estádio do Dragão.

Depois de igual feito na época 2017/2018, Sérgio Conceição volta a sagrar-se campeão nacional pelo FC Porto, depois de um ano de interregno, em que o título foi para o Benfica.

Uma vitória suada e que contrariou as perspetivas instaladas à 19.ª jornada, quando os encarnados chegaram aos sete pontos de vantagem sobre o FC Porto. O Benfica somava, então, um percurso sem derrotas, com exceção da sofrida à terceira jornada diante dos dragões.

Ponto a ponto até à separação final  

A quebra do clube da Luz, de cujo comando saiu entretanto Bruno Lage, começa em fevereiro, com a derrota no Dragão (3-2) perante o rival FC Porto. Seguiram-se vários resultados negativos desde essa 19.ª jornada.

Em março, quando o campeonato foi interrompido por causa da pandemia da Covid-19, à 24.ª ronda, já os dragões comandavam a prova, embora com um magro ponto de vantagem.

Na retoma da competição, em junho, os dois rivais pareciam apostados em impressionar pela negativa – o FC Porto reentrou a perder em Famalicão, o Benfica a empatar em Tondela. Ambos, em jornadas diferentes, lograram ainda empatar com os piores classificados (o Benfica com o Portimonense, o FC Porto com o Desportivo das Aves).  

Até que, à 28.ª jornada, em plena noite de São João, o FC Porto descola na liderança da prova, com uma vitória confortável sobre o Boavista (4-0), ficando com mais três pontos do que o Benfica, depois do clube encarnado ter sido derrotado na Luz pelo Santa Clara.

Outra equipa insular, o Marítimo, imporia nova derrota ao campeão em título – Bruno Lage sairia na sequência deste jogo -, enquanto o FC Porto arrancava três pontos decisivos (0-1) em Paços de Ferreira. Estavam cavados os seis pontos de vantagem que, a quatro jornadas do fim, se afiguravam como muito difíceis de ultrapassar.

O empate dos encarnados em Famalicão a uma bola à 31.ª jornada, depois da vitória do FC Porto em Tondela, alargou para oito pontos a vantagem portista e veio mostrar que os festejos azuis e brancos seriam uma questão de tempo.

Festejos juntaram milhares de pessoas

À chegada à 32.ª jornada, o título estava a um ponto de distância. O primeiro “match point, como o apelidou em manchete o jornal “O Jogo”, foi ultrapassado pelo Benfica que venceu, em casa, o Vitória de Guimarães (2-0).

Mas, quando chegou a sua vez, os dragões não deixaram para depois o que puderam fazer então e derrotaram o Sporting de Rúben Amorim em casa, com dois golos marcados na segunda-parte, num jogo em que além dos adeptos se sentiu falta de bom futebol, sobretudo na primeira parte.

A festa, claro, foi rija no relvado, na sala de imprensa, nos balneários e nas imediações do estádio, de onde os cânticos dos adeptos saiam para se fazerem ouvir até onde o vento as levava naquela zona da cidade.

Depois do apito final, e apesar dos apelos à contenção, foram muitos os que saíram à rua para festejar o título número 29 dos dragões. Um pouco por toda a cidade, ouviram-se buzinas a apitar. E houve grandes concentrações de adeptos, sobretudo na Avenida dos Aliados, onde no final da noite se registaram confrontos com a Polícia de Segurança Públcia.

Restam duas rondas para terminar o campeonato. O FC Porto vai voltar a jogar no Dragão com o Moreirense (20/07) e termina a competição no Estádio Municipal de Braga (26/07). Para o dia 1 de agosto tem agendado novo jogo decisivo: a final da Taça de Portugal, que será jogada diante do Benfica, no Estádio Cidade de Coimbra.