O FC Porto venceu de forma folgada o Boavista, este sábado, em jogo a contar para a 2.ª jornada do campeonato. Os golos que ditaram a vitória dos portistas foram todos apontados na segunda parte do encontro.

A equipa de Sérgio Conceição soma, assim, mais três pontos e segue invicta no comando da Liga, a par do Benfica e do Santa Clara, todos com seis pontos. Já os boavisteiros continuam com um ponto somado, resultado do empate frente ao Nacional da Madeira na jornada inaugural.

Os dragões mantiveram, no Bessa, o mesmo onze que venceu o SC Braga, enquanto que os axadrezados foram obrigados a fazer alterações. Adil Rami substituiu Chidozie Awaziem, que está no Boavista por empréstimo do FC Porto, e Benguché foi opção na frente de ataque devido à lesão do avançado Yusupha Njie.

45 minutos adormecidos 

A primeira parte do encontro revelou-se bastante monótona para um dérbi da cidade portuense. Só aos 11 minutos surgiu a primeira grande oportunidade. A jogada de perigo começou a ser desenhada por Matheus Uribe após a perda de bola da equipa do Boavista. O colombiano tocou e recebeu a bola de Sérgio Oliveira mas acabou por rematar em cheio no poste da baliza axadrezada.

O momento mais flagrante dos boavisteiros surgiu pelos pés de Paulinho, ao minuto 18. O médio brasileiro deixou Otávio e Mbemba pelo caminho, mas na finalização, já em esforço, não foi feliz.

Cumprido o minuto extra de compensação, as duas equipas foram para o intervalo com o nulo no marcador. 

Dragão ganha chama

Os dragões regressaram para a segunda parte com um novo “chip”. O primeiro golo da partida foi apontado dois minutos após o reatar do encontro. Na sequência de uma jogada confusa, com muita bola pelo ar, é Otávio quem dá ordem aos acontecimentos e encontra Corona no interior da área do Boavista. Uma receção de classe colocou o mexicano nas barbas da baliza axadrezada, pronto para o remate à queima roupa que abriu o marcador.

A equipa orientada por Vasco Seabra ainda conseguiu reagir ao golo, obrigando Marchesín a uma dupla defesa. No entanto, acabou por ser o FC Porto a aumentar a vantagem. O 2-0 foi apontado aos 59 minutos por Sérgio Oliveira após um livre em que a bola desviou num jogador do Boavista, acabando por trair o guarda-redes dos axadrezados. Minutos antes do golo, Sérgio Conceição fez entrar em campo Luis Díaz que se estreava nesta nova temporada após ter falhado o primeiro jogo por castigo.

O domínio dos dragões começou a ser cada vez mais notório. A insistência ofensiva culminou nos três golos que se seguiram. Aos 67 minutos, e após um lance estudado, Corona entregou a bola a Marega que dilatou a vantagem no marcador com um golo sem hipótese para o guarda-redes Léo Jardim.

O quarto golo chegou novamente pelos pés do maliano assistido por Tecatito Corona. A dupla revelou-se muito importante para a construção do resultado.

O golo que encerra a goleada é apontado pelo estreante Luiz Díaz, já em período de compensação.

O apito final do árbitro confirmou a vitória dos azuis e brancos. 

Frustração e dor no xadrez 

Na conferência de imprensa, o técnico do Boavista, Vasco Seabra, partilhou o sentimento geral do balneário perante a goleada sofrida em casa: “Hoje estamos frustrados e com uma dor que não queremos voltar a ter”. O técnico frisou, contudo, que considera “o resultado bastante volumoso para aquilo que aconteceu”.

Seabra realçou a consistência da sua equipa na primeira parte, mas afirmou que para manter o nível de competitividade durante o jogo é  necessário conseguir tê-la “durante os noventa minutos”.

“Foi uma grandíssima segunda parte”

Em declarações aos jornalistas, Sérgio Conceição realçou a consistência defensiva e a eficácia ofensiva dos dragões numa “grandíssima segunda parte” que originou “golos muito bonitos”. O treinador acrescentou ainda o orgulho que sente no seu banco de suplentes devido à forma como estes dão resposta positiva sempre que entram em campo. 

O técnico portista sublinhou a falta de adeptos no estádio uma vez que “são estes os tipos de jogos que as pessoas gostam”. Acrescenta ainda que “ o futebol sem público não é bom para ninguém”.

Na próxima jornada, o Boavista desloca-se ao campo do Moreirense (2 de outubro), ao passo que o FC Porto recebe, no Dragão, o Marítimo (dia 3).

Artigo editado por Filipa Silva