António Sousa Pereira foi eleito, na sexta-feira, pelo Conselho Geral da Universidade do Porto, o próximo Reitor da instituição. A votação foi homologada no próprio dia pelo Conselho de Curadores que desejou “votos de um mandato bem-sucedido” a Sousa Pereira.

Para o reitor em funções, o Conselho de Curadores também teve uma palavra de agradecimento: os conselheiros registam “o maior apreço pelo trabalho desenvolvido” por Sebastião Feyo de Azevedo.

Depois de trazer o percurso e a reação do próprio à eleição, o JPN ouviu Mário Barbosa, antigo colega de António Sousa Pereira e atual diretor do i3S, assim como João Pedro Videira, presidente da Federação Académica do Porto, numa conversa sobre o futuro 20º Reitor da UP.

António Sousa Pereira “vai continuar a ser fiel aos seus princípios”

“Uma pessoa dedicada à Universidade do Porto e com grande grau de sensatez”, começou por dizer Mário Barbosa, diretor do i3S, sobre António Sousa Pereira.

Conhecidos “há muitos anos”, Mário Barbosa refere que o próximo reitor foi colaborador do professor Nuno Grande, alguém que o “marcou muito como cidadão, como pessoa interessada no ensino, na investigação e nos cuidados de saúde”.

Para o diretor do i3S, António Sousa Pereira é “uma pessoa de confiança e de diálogo”, características que considera que quem liderar “a Universidade do Porto precisa de ter”.

“Vai continuar a ser fiel aos seus princípios”, acredita Mário Barbosa quanto ao diretor do ICBAS, agora eleito Reitor da UP.

FAP: “Temos aqui um bom ponto de partida”

Ao JPN, João Pedro Videira, presidente da Federação Académica do Porto, diz esperar “um mandato dinâmico”. O estudante referiu que ficou “particularmente satisfeito” com a audiência entre a FAP e António Sousa Pereira que aconteceu na semana passada.

“O professor Sousa Pereira falou, inclusive, da criação de uma espécie de órgão que estabeleça uma relação direta entre o próprio Reitor e as associações de estudantes”, revelou o presidente da FAP, que diz esperar “uma relação mais próxima dos estudantes do que aquilo que tem sido o habitualmente feito até agora, pelo menos pela figura do Reitor”. Nas palavras do estudante: “Parece-me que temos aqui um bom ponto de partida para começamos a trabalhar”.

Apesar de afirmar que Sebastião Feyo de Azevedo fez “um trabalho fantástico no que diz respeito à inovação tecnológica e ao marketing da universidade”, e de considerar que ambas as áreas têm que continuar a ser apostas, João Pedro Videira refere que “é preciso também trabalhar as dinâmicas internas da universidade”, algo que “o professor Sousa Pereira será certamente capaz” de fazer. “Esperamos que a universidade seja capaz de se reinventar e de estar na linha da frente, como tem vindo a ser até agora”, rematou.

Uma “reformulação a nível do desporto” no que toca a “definir melhores modelos e políticas” é outra das expectativas da FAP para o mandato de Sousa Pereira.

Relativamente a uma das ideias mais vincadas do reitor eleito esta sexta-feira, a multidisciplinaridade e colaboração entre faculdades, o presidente da FAP concorda: “é uma solução que me parece ser o futuro”.

Apesar dos indicadores positivos, João Pedro Videira refere que “falta saber mais pormenores”, tais como “qual será a sua equipa reitoral” para que se veja “o que se pode explorar”.

Artigo editado por Filipa Silva