O número de visitantes em Museus, Monumentos e Palácios Nacionais (MMPN) aumentou em 2021. Ignorando os meses em que se registaram períodos de encerramento dos equipamentos culturais no âmbito ao combate à COVID-19 – março a maio de 2020 e janeiro a abril de 2021 -, registou-se um aumento de visitas nos últimos sete meses do ano passado, por comparação com o período homólogo de 2020.  Globalmente, registou-se um aumento de 50.772 visitantes face a 2020, o equivalente a 3,9%.

Novembro registou a subida mais acentuada (em 598,2%) face ao mesmo mês no ano anterior, enquanto agosto regista o pico mais alto de visitantes.

A pandemia não impediu que o Mosteiro dos Jerónimos se mantivesse como o mais visitado monumento nacional em 2021. Antes da pandemia, era o único com mais de um milhão de entradas anuais e no ano passado registou uma subida de 16,1% em relação a 2020. No total, mais de 270 mil pessoas entraram nos Jerónimos no ano passado. No outro lado, aquele que detinha a “prata”, a Torre de Belém, teve a descida mais drástica, -87,2%. Isto deveu-se ao facto de ter estado encerrada durante 13 meses para reparação de danos.

No Porto, o Museu Nacional Soares dos Reis viu aumentar o número de visitantes (21.124 entradas, subida de 236% em relação a 2020), mas não entra nos dez mais visitados (ver gráfico abaixo).

A recuperação registada no ano passado deixa, ainda assim, o número de visitantes ainda muito aquém do verificado antes da pandemia. Em média, nos três anos anteriores à chegada do SARS-Cov-2 a Portugal, o total de entradas nos MMPN era de 4.811.681, com 2017 apresentando um valor inédito de mais de 5 milhões. Os dados foram divulgados pela Direção-Geral do Património Cultural na última sexta-feira.

Artigo editado por Filipa Silva