As cérimonias fúnebres de Estado realizam-se hoje na catedral de Almudena em honra das vítimas mortais do massacre de 11 de Março. Esta é uma homenagem que conta com a presença de vários chefes de Estado, primeiros-ministros e outros dirigentes.

A missa cantada foi celebrada pelo arcebispo de Madrid, o cardeal Antonio Maria Rouco Valera. Durante a homilia, segundo o jornal espanhol El Mundo, o cardeal de Madrid pediu que se mantenha afastada “toda a forma de nacionalismo desesperado, de racismo e de intolerância”, fazendo suas as palavras proferidas pelo Papa João Paulo II aquando da sua visita a este país.

Antonio Valera sublinhou ainda que “na estratégia do terrorismo opera sempre a sombra do ódio, assim aconteceu também com o massacre do 11 de Março.”

No final da cerimónia, Varela pediu aos presentes para “testemunharem com a vida que as ideias não se impõem, mas sim propõem-se”, pedindo ainda que “nunca se deixem vencer pelo mal”.

A cerimónia foi presidida pela família real espanhola que, à saída, apresentou as suas condolências aos familiares das vítimas. Este foi o primeiro acto memorial de Estado na história da democracia espanhola, restaurada após a morte do general Franco em 1975.

A par dos monarcas, estiveram presentes também o príncipe Carlos de Inglaterra, o Presidente francês, Jacques Chirac, o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o Presidente português, Jorge Sampaio, entre outros.

As autoridades europeias estiveram representadas através de Romano Prodi, Presidente da Comissão, Pat Cox, do Parlamento, e Berthi Ahern, presidente rotativo do Conselho.

Carla Gonçalves